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Documento apresenta parâmetro simples e objetivo para que gestores levem Internet adequada às escolas públicas brasileiras
by imprensa@nic.br 30 Jun '22
by imprensa@nic.br 30 Jun '22
30 Jun '22
São Paulo, 30 de junho de 2022
*Documento apresenta parâmetro simples e objetivo para que gestores
levem Internet adequada às escolas públicas brasileiras*/
Dados do Medidor Educação Conectada mostram que a média nacional de
velocidade de download por aluno no turno com maior número de estudantes
é de apenas 0.39 Mbps
/
Qual a velocidade de banda larga ideal para garantir a realização de
atividades pedagógicas nas escolas? Não raras vezes, gestores públicos
educacionais se veem às voltas com essa questão. Para ajudá-los a ter
uma resposta clara e direta, o Grupo Interinstitucional de Conectividade
na Educação (GICE), formado por mais de 20 de instituições entre órgãos
governamentais, operadoras, associação de provedores, empresas de
tecnologia e organizações do terceiro setor, elaborou a *nota técnica
“Qual a velocidade de Internet ideal para minha escola?"*
<https://nic.br/publicacao/nota-tecnica-qual-a-velocidade-de-internet-ideal-…>.
Lançado nesta quinta-feira (30), o documento teve a produção capitaneada
pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), pelo
Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), pelo Grupo de
Mulheres do Brasil (GMB) e pela Organização sem fins lucrativos MegaEdu.
“Nosso objetivo com a nota técnica é orientar os gestores sobre o que
levar em conta na hora da contratação de um plano de Internet. Com isso,
eles darão condições para que os professores consigam utilizar as
tecnologias em atividades de ensino e aprendizagem de maneira adequada,
contando com uma boa conexão para isso”, destaca Milton Kashiwakura,
diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br.
Ele explica que o *Guia de Conectividade na Educação*
<https://www.nic.br/publicacao/guia-de-conectividade-na-educacao/>,
divulgado pelo GICE em setembro de 2021, apresenta uma fórmula para
estipular qual a velocidade ideal de conexão, considerando variáveis
como a quantidade de estudantes conectados simultaneamente, os usos
pedagógicos dessa Internet e o número de alunos no maior turno. Com base
na fórmula, o gestor consegue traçar valores específicos de cada uma
dessas variáveis para entender a velocidade mínima a ser contratada.
Para tornar esse processo mais prático, a nota lançada hoje apresenta um
parâmetro de velocidade simples de ser assimilado, que ajudará a embasar
os investimentos em conectividade nas escolas. “Entendemos que a
velocidade mínima de conexão necessária é de 1 Mbps por estudante,
levando em conta o maior turno”, afirma Paulo Kuester Neto, analista de
projetos do NIC.br e um dos especialistas responsáveis pela elaboração
da nota técnica.
"Decidimos simplificar o processo de tomada de decisão dos gestores,
definindo essa referência de *1 Mbps*, que é capaz de viabilizar a maior
parte das atividades escolares, como aquelas que envolvem áudio, vídeo,
/download/, jogos e uso geral”, destaca Raquel Costa, do CIEB.
Atualmente, a média nacional de velocidade de /download/ por aluno no
turno com maior número de estudantes é de apenas 0.39 Mbps, conforme
dados do *Medidor Educação Conectada*
<https://medidor.educacaoconectada.mec.gov.br/>. Desenvolvido pelo
NIC.br para o Ministério da Educação com o objetivo de monitorar a
velocidade e a qualidade da Internet entregue na rede pública de ensino
básico, esse /software/ gratuito foi instalado em cerca de 49,2 mil das
138,8 mil escolas públicas em atividade em 2021 – aproximadamente 41 mil
registraram velocidade na ferramenta nos últimos 6 meses.
“Metade das escolas públicas possuem até 118 estudantes no maior turno,
o que significa que contratar um plano de 100 Mbps é suficiente para
atender ao parâmetro de 1 Mbps por estudante no maior turno. No extremo
oposto, apenas 10% das escolas contam com mais de 400 estudantes no
maior turno e, portanto, necessitam contratar um plano de 400 Mbps ou
superior, para garantir a recomendação de velocidade proposta”,
complementa Cristieni Castilhos, CEO da MegaEdu, citando informações
disponibilizadas na nota.
“Não basta ter Internet. É preciso ter uma conectividade capaz de
garantir que docentes consigam utilizar a Internet da escola para os
processos de ensino, que a gestão escolar consiga estruturar os
processos administrativos da escola com o uso de tecnologia, e que os
estudantes utilizem essa Internet em diferentes formas de aprendizagem,
desde pesquisas simples até atividades mais estruturadas em ambientes
virtuais de aprendizagem”, finaliza Marise De Luca, do GMB.
São parceiras na elaboração da nota técnica “Qual a velocidade de
Internet Ideal para minha escola?”: Intelbras, Sincroniza Educação, Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Consórcio de Inovação na Gestão
Pública (CIGA), Instituto Cordial, Instituto Articule, Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundação Lemann.
O documento está disponível na íntegra em:
*https://nic.br/publicacao/nota-tecnica-qual-a-velocidade-de-internet-ideal-para-minha-escola/*.
Para rever o evento de lançamento da publicação, acesse:
*https://youtu.be/29x4U1AFFZ8* <https://youtu.be/29x4U1AFFZ8>.
*Desigualdades de acesso
*Tão importante quanto discutir a questão da velocidade de conexão é
conhecer a realidade do acesso à Internet nas escolas públicas
brasileiras. A conectividade nesse contexto avançou ao longo dos anos,
mas as desigualdades ainda são marcantes. Essa é uma das conclusões de
análise inédita, produzida pelo NIC.br e pela MegaEdu, com base no Censo
Escolar 2021 – levantamento estatístico da educação básica no Brasil,
coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep).
O documento mostra que, em 2011, apenas 44% das escolas públicas estavam
conectadas à rede, e uma década depois, essa porcentagem saltou para
cerca de 78%. Apesar do aumento, em 2021, somente 49% afirmaram possuir
Internet para uso nos processos de ensino e aprendizagem (e não somente
para fins administrativos). Outro ponto destacado é que as escolas com
Internet não estão distribuídas de maneira uniforme no território
brasileiro.
“Enquanto nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, mais de 90% das
escolas públicas declararam ter acesso à Internet, esse percentual cai
consideravelmente nas regiões Nordeste (70%), e Norte (45%)”, explicita
o documento.
As desigualdades são especialmente evidentes quando comparadas as
realidades das escolas urbanas e rurais. "Enquanto 95% das escolas
públicas urbanas brasileiras reportaram ter acesso à Internet, no caso
das escolas rurais, esse percentual é de apenas 51%. Essa mesma
disparidade também pode ser vista quando olhamos a realidade de cada
estado individualmente. Porém, vale ressaltar que, mesmo diante da
discrepância apresentada, alguns estados da região norte do país têm
percentuais de acesso à internet tão bons quanto o que verificamos em
estados da região sudeste. É o caso da rede estadual urbana de Rondônia
e de Tocantins, ambos com 100%”, explica Cristiane Millan, analista de
projetos do NIC.br e autora da análise.
O documento enfatiza também que é possível “verificar diferenças entre
as dependências administrativas, sendo que o percentual de escolas
conectadas é maior entre aquelas das redes estaduais se comparadas às
das redes municipais” e que apenas 2% das instituições da rede privada
não contam com acesso à rede. Por fim, defende a “urgência de um
processo de universalização, que possibilite que todos os estudantes
tenham acesso à Internet e às oportunidades que a mesma proporciona”.
Para conferir essa análise completa, acesse:
*https://nic.br/publicacao/conectividade-nas-escolas-publicas-brasileiras/*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://Internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.
*Sobre o CIEB
*O Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) é uma associação
sem fins lucrativos, criada em 2016, para promover a cultura de inovação
na educação pública brasileira. Para isso, a organização apoia a
formulação de políticas públicas, desenvolve conceitos e ferramentas, e
integra múltiplos atores e diferentes ideias em torno de uma causa
comum: inovar para impulsionar a qualidade, a equidade e a
contemporaneidade da educação pública brasileira. Mais informações:
*https://cieb.net.br/*.
*Sobre a MegaEdu
*A MegaEdu é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para levar
internet de qualidade para todas as escolas públicas do Brasil. A
organização produz dados e estudos, desenvolve soluções e dá apoio
técnico para gestores públicos com a finalidade de viabilizar o acesso
ao mundo digital para todos os alunos.
*Sobre o GMB
*O Grupo Mulheres do Brasil é um movimento suprapartidário, presidido
pela empresária Luiza Helena Trajano, que reúne mais de 100 mil mulheres
que sonham e trabalham voluntariamente por um Brasil melhor. Com esse
propósito, atuamos em causas sociais, políticas e econômicas, apoiando
projetos já existentes e criando iniciativas que promovam a
transformação do nosso país. Como participar: todas as mulheres são
bem-vindas, basta cadastrar-se pelo site
*https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/*.
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Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
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*aqui <https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios>*.
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Uso da Internet avança em áreas rurais durante a pandemia, revela nova edição da TIC Domicílios
by imprensa@nic.br 21 Jun '22
by imprensa@nic.br 21 Jun '22
21 Jun '22
São Paulo, 21 de junho de 2022
*Uso da Internet avança em áreas rurais durante a pandemia, revela nova
edição da TIC Domicílios*
/De acordo com a pesquisa do CGI.br, conexões via fibra óptica e
computadores ainda seguem menos presentes nessas localidades
/
A proporção de usuários de Internet nas áreas rurais cresceu no Brasil
em comparação ao período que antecede a pandemia, passando de 53% dos
indivíduos de 10 anos ou mais em 2019 para 73% em 2021. O dado faz parte
da pesquisa *TIC Domicílios 2021*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/>, lançada nesta
terça-feira (21) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação
do Ponto BR (NIC.br), o levantamento apresenta os indicadores mais
recentes sobre o acesso e o uso das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) no país. A pesquisa estima que, em 2021, 81% da
população de 10 anos ou mais usou a Internet nos últimos três meses – o
que corresponde a 148 milhões de indivíduos. Também foi registrado um
aumento significativo na proporção de usuários da rede nas regiões Norte
(83%), Sul (83%) e Nordeste (78%) em relação a 2019.
“A 17ª edição da pesquisa confirma a relevância do acesso à Internet no
contexto proporcionado pela emergência da COVID-19, em especial com o
avanço das atividades de trabalho e estudo remotos. Em comparação ao
período que antecede a crise sanitária, houve uma ampliação da presença
da Internet nos domicílios e de seu uso por indivíduos, sobretudo, nas
áreas rurais”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Acesso nos domicílios*
Em comparação aos dados coletados em 2019, a presença de conexão de
Internet nos domicílios aumentou em todos os estratos analisados,
notadamente, nas classes DE (61%, aumento de 11 pontos percentuais). Do
ponto de vista da conectividade, a disparidade entre os domicílios das
classes A e DE vem diminuindo nos últimos anos, sendo que a diferença
entre esses estratos passou de 85 pontos percentuais em 2015 para 39
pontos em 2021.
Os domicílios das áreas rurais brasileiras também estão mais conectados
à Internet. Entre 2019 (período pré-pandemia) e 2021, houve um acréscimo
de 20 pontos percentuais na proporção de residências com acesso à rede
nessas regiões, passando de 51% para 71%.
Entre os domicílios conectados, a presença de cabo ou fibra óptica como
o principal tipo de conexão à rede ocorre em 61% dos domicílios. A
penetração de conexão via cabo ou fibra óptica é menor nas regiões Norte
(53%) e Nordeste (54%). Na região Norte também é maior o percentual de
domicílios que tem as redes móveis como principal tipo de conexão (33%).
A presença de computadores nos domicílios, entretanto, manteve-se em
39%, patamar semelhante ao observado em 2019 (período pré-pandemia).
Enquanto houve um cenário de estabilidade nos domicílios das classes
mais altas, onde o computador já é mais presente (99% nos domicílios da
classe A e 83% nos da classe B), nas classes DE, a proporção de
domicílios com computador diminuiu de 14% em 2019 para 10% em 2021. Nas
áreas rurais, a presença de computador nos domicílios é mais reduzida
(20%) em comparação aos domicílios em localidades urbanas (42%).
*Dispositivos para o uso da rede*
Em 2021, os aparelhos de televisão superaram os computadores, se
consolidando como o segundo dispositivo mais utilizado para acessar à
rede – passando de 37% dos usuários, em 2019, para 50%, em 2021. Esse
aumento foi observado em quase todos os estratos analisados,
principalmente entre aqueles de 35 a 44 anos (59%), usuários da região
Norte (45%) e entre as mulheres (51%). Ao todo, 74 milhões de indivíduos
acessaram a Internet usando a televisão, um acréscimo de 25 milhões de
usuários no período.
A pesquisa também revelou a prevalência do uso exclusivo do telefone
celular para acessar a rede (64% dos usuários de Internet). Principal
dispositivo de acesso à Internet desde 2015, houve um aumento de 6
pontos percentuais no uso exclusivo do telefone celular entre 2019 e
2021. O indicador é maior entre os que vivem nas áreas rurais (83%), no
Nordeste (75%), entre pretos (65%) e pardos (69%), de 60 anos ou mais
(80%) e aqueles que pertencem às classes DE (89%). Entre os usuários da
classe C, o acesso à Internet exclusivamente pelo celular passou de 61%
em 2019 para 67% em 2021, atingindo um contingente de 51 milhões de pessoas.
“A despeito da demanda por conectividade criada pela pandemia, não houve
uma grande incorporação de computadores nos domicílios brasileiros. O
seu uso ocorre principalmente entre as pessoas das classes mais altas e
mais escolarizadas. Estas, aliás, tendem a usar a Internet a partir de
múltiplos dispositivos e se conectam tanto pela rede móvel quanto por
Wi-Fi, o que facilita a realização de um gama maior de atividades na
rede. Este fator tem um impacto importante no desenvolvimento de
habilidades digitais”, aponta Barbosa.
*Comércio eletrônico*
Em 2021, 46% dos usuários de Internet fizeram compras na Internet contra
39%, em 2019. Em números absolutos, significa dizer que 68 milhões de
pessoas realizaram essa atividade em 2021, quase 16 milhões a mais que
antes do início da pandemia. Os usuários de Internet que vivem nas
regiões rurais também passaram a realizar compras /online/ em maiores
proporções (de 19%, em 2019, para 27%, em 2021).
As maiores diferenças no período foram observadas entre usuários de 35 a
44 anos (56%, aumento de 12 pontos percentuais) e pertencentes à classe
C (49%, 13 pontos percentuais), embora essa atividade siga sendo
realizada em maiores proporções por usuários da classe A (90%).
*Serviços públicos*
A proporção de usuários de Internet com 16 anos ou mais que utilizaram
serviços de governo eletrônico passou de 68%, em 2019, para 70%, em
2021. Cerca de 93 milhões de brasileiros afirmaram realizar algum tipo
de serviço de governo eletrônico no período, um acréscimo de 12 milhões
de indivíduos entre 2019 e 2021. Os aumentos mais significativos
ocorreram na região Sul do país (de 69%, em 2019, para 80%, em 2021),
entre pessoas com renda familiar de três a cinco salários-mínimos (de
79% para 88%) e aquelas na força de trabalho (de 74% para 79%).
Entre os tipos de serviço público analisadas pela pesquisa, os
relacionados à saúde foram os mais buscados ou realizados em 2021,
sobretudo entre usuários da classe B (44%), com Ensino Superior (44%) e
os na faixa etária de 45 a 59 anos (34%) – em 2019, foram 25%, 28% e
20%, respectivamente. “Como um reflexo da pandemia, predominou o acesso
a serviços eletrônicos relacionados à saúde pública, como agendamento de
consultas, busca de informações sobre a vacinação entre outras formas de
interação com os sistemas de saúde”, comenta o gerente do Cetic.br|NIC.br.
*Atividades culturais*
Entre as atividades realizadas pela Internet, ouvir /podcasts/ foi a que
mais cresceu em relação ao período pré-pandemia. De acordo com a 17ª
edição da TIC Domicílios, 28% dos usuários de Internet disseram ter
ouvido um /podcast/ em 2021 (em 2019, eram 13%). Em 2021, 41 milhões de
pessoas realizaram essa atividade, cerca de 24 milhões a mais que em 2019.
Assim como verificado em 2019, as atividades de assistir a vídeos,
programas, filmes ou séries pela Internet (61%) e ouvir músicas (61%)
estiveram entre as atividades culturais /online/ mais citadas pelo
conjunto da população brasileira. Quanto ao pagamento por serviços que
dão acesso a conteúdos culturais, os maiores aumentos, em relação a
2019, ocorreram no pagamento para ver filmes (acréscimo de 7 milhões de
indivíduos) e séries (acréscimo de 9 milhões), incremento que ocorreu
com maior intensidade entre indivíduos da classe C.
“A pesquisa revela mudanças importantes em termos de conectividade,
especialmente em áreas rurais, e também o crescimento da televisão
enquanto dispositivo de acesso à Internet. A TIC Domicílios cumpre um
papel fundamental de auxiliar o poder público e a sociedade na
proposição de políticas que visem a melhorar o acesso à Internet,
expondo desafios e indicando oportunidades para avanços”, completa José
Gontijo, coordenador do CGI.br.
*Sobre a pesquisa*
Realizada anualmente desde 2005, a TIC Domicílios tem o objetivo de
medir a posse, o uso, o acesso e os hábitos da população brasileira em
relação às Tecnologias da Informação e Comunicação. Em razão das medidas
de distanciamento social provocadas pela pandemia COVID-19, em 2020 a
pesquisa teve a sua metodologia adaptada, sendo realizada
preferencialmente pelo telefone. Já em 2021, a pesquisa voltou a adotar
um modelo de coleta integralmente presencial. Os dados foram coletados
entre outubro de 2021 e março de 2022, e incluiu 23.950 domicílios e
21.011 indivíduos de 10 anos ou mais.
Para conferir a lista completa de indicadores, acesse:
*https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/*
<https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/>. O lançamento
/online/ está disponível na íntegra em *https://youtu.be/_VuyE1zGNiA*.
*Sobre o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade
da Informação – Cetic.br*
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de
indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da
rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos
sob os auspícios da UNESCO, e completou 16 anos de atuação em 2021. Mais
informações em *https://cetic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cetic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93R…>.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br*
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/nic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH…>)
é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada
da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do
registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões
e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e
todos os recursos arrecadados provem de suas atividades que são de
natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem
benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem
parte: Registro.br (*https://registro.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/registro.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna…>),
CERT.br (*https://cert.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cert.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RB…>),
Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ceptro.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93…>),
Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/cetic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93R…>),
IX.br (*https://ix.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ix.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93RBH4…>)
e Ceweb.br (*https://ceweb.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/ceweb.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna93R…>),
além de projetos como Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://urldefense.com/v3/__https:/internetsegura.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3p…>)
e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (*https://bcp.nic.br/*
<https://urldefense.com/v3/__https:/bcp.nic.br/__;!!N96JrnIq8IfO5w!3pJ-IPna9…>).
Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/*
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*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br*
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
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Estudo do NIC.br apresenta diagnóstico sobre o acesso à Internet em municípios brasileiros com até 20 mil habitantes
by imprensa@nic.br 14 Jun '22
by imprensa@nic.br 14 Jun '22
14 Jun '22
São Paulo, 14 de junho de 2022
*Estudo do NIC.br apresenta diagnóstico sobre o acesso à Internet em
municípios brasileiros com até 20 mil habitantes*
/Relatório elaborado conjuntamente com a Embaixada Britânica no Brasil e
Anatel traz dados para as políticas de inclusão digital e destaca
atuação dos pequenos provedores
/
Como o contexto socioeconômico e a capacidade dos provedores e dos
governos locais impactam a conectividade em pequenos municípios? Essa
indagação foi o fio condutor da *publicação “Fronteiras da inclusão
digital: dinâmicas sociais e políticas públicas de acesso à Internet em
pequenos municípios brasileiros”*
<https://cetic.br/pt/publicacao/fronteiras-da-inclusao-digital/>,
produzida e coordenada pelo Centro de Regional de Estudos para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (Cetic.br|NIC.br), em parceria com o Programa de
Acesso Digital (DAP) da Embaixada Britânica no Brasil e a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel). Lançado nesta terça-feira (14), o
relatório apresenta um diagnóstico da adoção da Internet em municípios
brasileiros com até 20 mil habitantes, com base em dados coletados pelas
pesquisas do Cetic.br e em dados fornecidos pela Anatel. Apresenta,
ainda, um mapeamento qualitativo a partir de entrevistas em profundidade
e de grupos de discussão realizados nas cinco regiões do país.
“Na última década, houve um crescimento expressivo no acesso à Internet
no território nacional, impulsionado pela ampliação das conexões por
fibra óptica, mas isso aconteceu de maneira desigual. Os municípios com
até 20 mil pessoas, que concentram 31,6 milhões de habitantes,
apresentam um percentual de usuários de Internet menor do que o
verificado em grandes centros urbanos. A proposta da pesquisa foi
investigar, a partir de diferentes dimensões, quais os desafios para a
ampliação da conectividade nessas cidades”, explica Alexandre Barbosa,
gerente do Cetic.br|NIC.br.
Na etapa quantitativa, os pesquisadores selecionaram 485 municípios, que
foram divididos em quatro agrupamentos a partir dos indicadores de
conectividade (acessos) e capacidades locais (atributos relacionados à
qualidade e segurança dos serviços ofertados pelos provedores e serviços
públicos /on-line/ e políticas de inclusão digital implementadas pelas
prefeituras). O objetivo foi entender o que influenciava os diferentes
níveis de conectividade nos municípios, e averiguar o quanto as
capacidades dos provedores e dos governos locais poderiam explicar essas
diferenças.
Já na etapa qualitativa, foram entrevistados gestores de prefeituras e
de provedores e lideranças locais, e realizados grupos de discussão com
residentes em 20 cidades nas cinco regiões brasileiras. A análise dos
dados se baseou nas seguintes dimensões: capacidades dos provedores e
dos governos locais, qualidade e segurança dos serviços ofertados pelos
provedores, políticas de inclusão digital, usos das tecnologias pela
população e barreiras à conectividade.
Com base no estudo, constatou-se que houve uma expansão recente da fibra
óptica nesses municípios, associada ao esforço dos provedores de pequeno
porte que estão ali presentes. Também houve uma substituição de alguns
tipos de conexão como rádio por fibra óptica, o que foi considerado
fundamental para ampliar o uso das TIC pela população e para garantir
uma diversificação maior das atividades /on-line/. Entre as
organizações, a ampliação da conectividade permitiu adoção e uso mais
intensivo de sistemas administrativos informatizados e /software/,
oferta de serviços públicos digitais e avanços na transparência de seus
dados entre as prefeituras.
Por outro lado, a pesquisa constatou que ainda há barreiras importantes
à conectividade em áreas rurais, remotas e de difícil acesso em função
do custo de expansão da fibra óptica, da falta de energia elétrica, e da
instalação e manutenção das torres no caso da conexão via rádio. Também
há características geográficas que, segundo os dados do relatório,
dificultam o alcance do sinal ou atrapalham sua estabilidade. Os
entrevistados também destacam barreiras de custo financeiro para
contratação de planos com maiores velocidades, que afetam especialmente
os mais vulneráveis; falta de habilidades digitais, sobretudo de alguns
grupos nas áreas rurais e idosos; e carência de dispositivos de acesso
adequados.
*Inclusão digital
*Entre as evidências apresentadas pelo relatório, está a reduzida
presença de departamentos de tecnologia da informação entre as
prefeituras. Ainda que serviços públicos /on-line/ tenham sido
expandidos, a maioria das interações entre administração municipal e
cidadãos tem sido de caráter informacional. Uma das principais
constatações do documento foi a relativa ausência de políticas públicas
locais voltadas ao enfrentamento das desigualdades no acesso e nos usos
das tecnologias em pequenos municípios.
Sobre a atuação dos provedores nessas cidades, observou-se variação
significativa entre as localidades investigadas quanto a aspectos
organizacionais e administrativos. Segundo o estudo, o grau de
profissionalização dos provedores impacta diretamente a qualidade dos
serviços oferecidos e os níveis de conectividade dos municípios. “Na
ausência de políticas mais institucionalizadas de inclusão digital, as
capacidades das empresas provedoras fazem muita diferença no serviço que
elas oferecem, e ajudam a explicar as diferenças de conectividade entre
os municípios”, completa Barbosa.
Para o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko, espera-se que o
estudo promova reflexões e suscite novos pontos para o debate sobre a
conectividade no país, e que possa ajudar a subsidiar políticas públicas
que busquem promover acesso mais equitativo e a ampliação e melhoria da
conectividade em todo o território brasileiro. "Para isso, parcerias
como esta, com a Anatel e a Embaixada Britânica, ajudam a diagnosticar o
que já foi feito e o que precisa ser melhorado. São iniciativas relevantes".
“Temos enorme satisfação em apoiar a agenda de conectividade no Brasil.
Considerando que, a cada ano, o acesso à Internet é ampliado no país e
em diversas nações pelo mundo, queremos seguir trabalhando para
encontrar soluções aos desafios impostos a esse crescimento. Este estudo
será um instrumento de transformação para a inclusão digital dessa e de
gerações futuras brasileiras, norteando a elaboração de políticas
públicas nessa área”, aponta Melanie Hopkins, encarregada de negócios da
Embaixada Britânica no Brasil.
“A compreensão dos motivos que levam os moradores dos pequenos
municípios brasileiros a se conectarem ou não à Internet banda larga nos
locais onde a infraestrutura já está disponível, é fundamental para a
promoção de um acesso universal e, consequentemente, para o pleno
exercício da cidadania”, afirma Carlos Manuel Baigorri, Presidente da
Anatel.
O estudo “Fronteiras da inclusão digital: dinâmicas sociais e políticas
públicas de acesso à Internet em pequenos municípios brasileiros” está
disponível gratuitamente para /download/ por meio do endereço:
*https://cetic.br/pt/publicacao/fronteiras-da-inclusao-digital/*.
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privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
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Plataforma do Ceweb.br avalia a acessibilidade digital em mais de 300 mil páginas web do governo brasileiro
by imprensa@nic.br 08 Jun '22
by imprensa@nic.br 08 Jun '22
08 Jun '22
São Paulo, 8 de junho de 2022
*Plataforma do Ceweb.br avalia a acessibilidade digital em mais de 300
mil páginas/web/ do governo brasileiro*
/Ao todo, 504 sítios e mais de 316 mil páginas já foram analisadas
/
Desrespeitar os padrões /web /como não oferecer textos alternativos às
imagens, não utilizar corretamente níveis de cabeçalho e deixar de
fornecer formas de saltar conteúdo repetido são algumas das barreiras de
acesso mais frequentes nos sítios governamentais brasileiros. A
conclusão é de um levantamento feito via plataforma *TIC Web
Acessibilidade* <https://ticwebacessibilidade.ceweb.br/>, que analisou
504 sítios, totalizando 316.791 páginas até maio de 2022. A ferramenta
do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), elaborada com o apoio
técnico do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal
de Minas Gerais (DCC/UFMG), avalia o nível de conformidade dos sítios
sob o domínio gov.br com o Modelo de Acessibilidade em Governo
Eletrônico (eMAG), que norteia o desenvolvimento de conteúdos digitais
desses sítios para que possam ser acessados por pessoas com deficiência,
sem barreiras de acesso.
“Das páginas que temos hoje na plataforma, apenas 2.445 páginas
atingiram o nível de conformidade entre 95% e 100%. Significa dizer que
menos de 1% delas tiveram poucos erros, ou nenhum. Do total analisado,
apenas uma página não apresentou nenhum erro”, afirma Reinaldo Ferraz,
especialista em desenvolvimento Web do Ceweb.br|NIC.br, enfatizando que
/websites/ na faixa de conformidade mais elevada são um bom indicador,
mas que isso não é o suficiente para que sejam considerados totalmente
acessíveis.
Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br|NIC.br, esclarece a importância de
observar a conformidade com essas recomendações. “Isso permite que os
navegadores e as “tecnologias assistivas” como leitores de tela,
interpretem de forma correta o código da página. Quando os padrões são
desrespeitados, alguns usuários de navegadores não convencionais ou de
tecnologias de apoio podem ter problemas na exibição do conteúdo, como
sobreposição de texto e /design/ quebrado, e até conteúdo que não é
exibido em tela”.
“Devemos levar em conta também os testes manuais. Existem critérios que
ainda não podem ser avaliados por máquinas, como se o texto alternativo
de uma imagem é compatível com o que é exibido no sítio, por exemplo. O
que estamos avaliando nesse levantamento é a conformidade com os padrões
técnicos de acessibilidade previamente estipulados pelo próprio governo
federal”, pontua Ferraz.
Nem todos os sítios analisados, no entanto, apresentaram um número alto
de erros. “Pouco mais de 21% deles têm, em média, menos de 20 erros por
página, enquanto cerca de 15% estão na lista dos que acumulam mais de
100 por página”, complementa Ferraz.
*Falha mais comum
*O desrespeito aos padrões /web/ é o erro mais comum, presente em 99%
das páginas avaliadas pela plataforma. Isso significa que os sítios não
seguem corretamente as regras da linguagem de marcação para a criação de
páginas (HTML). Essas orientações são desenvolvidas pelo W3C (/World
Wide Web Consortium/), consórcio internacional que desenvolve os padrões
técnicos para a construção de /sites/.
*Erros de marcação
*A não utilização correta dos níveis de cabeçalho também está entre os
erros mais comuns. Segundo orienta o eMAG, os níveis de cabeçalho devem
ser usados de forma hierárquica, pois organizam a ordem de importância e
de subordinação dos conteúdos facilitando a leitura e compreensão, o que
é especialmente importante no caso de pessoas com deficiência visual, já
que muitos leitores de tela se valem dessa hierarquia pulando de um
cabeçalho para outro, agilizando, assim, a navegação.
Não fornecer âncoras para saltar o conteúdo repetido é outro erro de
marcação HTML frequente. “Sem esse recurso, pessoas que usam leitores de
tela ou navegam por teclado terão de passar por toda a página para
alcançar um ponto específico. Imagine-se tentando chegar a um /link/ no
meio da página, sem usar o /mouse/, somente usando a tecla ‘tab’: talvez
seja necessário apertá-la mais de 50 vezes até chegar lá. Isso leva
tempo e prejudica bastante a experiência”, comenta Ferraz.
*Sem barreiras
*O artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como o
Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabelece que é obrigatória a
acessibilidade nos sítios da Internet mantidos por empresas com sede ou
representação comercial no país ou por órgãos de governo. "A plataforma
do Ceweb.br|NIC.br tem papel relevante ao conferir mais transparência à
questão, já que com ela, qualquer cidadão pode os verificar se os
padrões de acessibilidade exigidos pela lei estão sendo cumpridos”,
reforça o gerente do Ceweb.br.
A ideia é que a plataforma tenha um ciclo constante de atualizações,
expandindo sua base de coleta de dados de modo a se ter um quadro cada
vez mais fiel. “Além de adicionar outros sítios periodicamente,
pretendemos em breve revisitar aqueles que sofrerem algum tipo de
atualização, observando se as barreiras de acesso identificadas foram
superadas ou não. Só teremos uma Web verdadeiramente inclusiva, quando
ninguém for deixado de lado”, finaliza Vagner Diniz.
*Sobre o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web - Ceweb.br
*O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web do NIC.br foi criado em 2015
com a missão de conduzir ações e iniciativas que promovam o contínuo
desenvolvimento da Web e de seus princípios originais, colaborando para
que seja uma rede aberta, universal e acessível a todos. Traz, em seu
histórico de atuação, os projetos já desenvolvidos no Brasil pelo
Consórcio do W3C, que têm por essência o fomento e uso de tecnologias
/web/ em sua concepção. Além disso, o Ceweb.br amplia o escopo desse
trabalho ao desenvolver estudos e pesquisas sobre essas tecnologias, que
podem auxiliar na formulação de políticas públicas. São diversas
publicações que buscam mostram como as tecnologias padronizadas da Web
podem auxiliar na transformação social com mais transparência em
governos e instituições, mais liberdade, privacidade, acessibilidade e
universalidade. Mais informações em: *https://ceweb.br/*
<https://ceweb.br/>*.*
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
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12º Fórum da Internet no Brasil celebra trajetória de Tadao Takahashi, um dos pioneiros da rede no país
by imprensa@nic.br 03 Jun '22
by imprensa@nic.br 03 Jun '22
03 Jun '22
Natal (RN), 3 de junho de 2022
*12º Fórum da Internet no Brasil celebra trajetória de Tadao Takahashi,
um dos pioneiros da rede no país*/
Encontro reuniu precursores, novas lideranças da área e contou com a
participação de familiares do pesquisador, que faleceu em abril deste ano/
Em seu último dia, o *12º Fórum da Internet no Brasil (FIB12)
<https://forumdainternet.cgi.br/>* celebrou a contribuição e a
importância do pesquisador e acadêmico Tadao Takahashi para a construção
da Internet no Brasil. A trajetória pioneira de Tadao, que faleceu em
abril, foi lembrada na sessão principal “30 anos da ECO-92 e o futuro da
Internet no Brasil: uma homenagem a Tadao Takahashi”. A mesa, mediada
por Tanara Lauschner (CGI.br), teve a participação de precursores da
rede no país e novas lideranças da área. Realizada pelo Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br), a edição deste ano do Fórum aconteceu
cidade de Natal (RN) e contou com 1.500 inscritos.
Tanara destacou que a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, teve papel
importante na Internet em território nacional, e lembrou da relevante
atuação de Tadao naquele contexto. “A história da ECO-92 e na expansão
da Internet no pa[is a colaboração de Tadao Takahashi foi fundamental.
Tadao atuou fortemente durante o evento, junto com outras pessoas e
instituições parceiras para viabilizar o acesso dos delegados da
conferência a serviços de correio eletrônico”.
Carlos Alberto Afonso (Instituto Nupef), também pioneiro da rede no
país, apresentou uma visão histórica de como a conferência da ONU teve
uma intersecção com desenvolvimentos paralelos de redes liderados por
entidades civis em vários países, e por aqui, imbricada com o início da
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, a RNP – que acabou contribuindo
decisivamente para a ativação e permanência das primeiras conexões do
Brasil com a Internet nos Estados Unidos. Segundo ele, “em todo o
processo esteve a presença imprescindível de Tadao Takahashi”, que no
início da década de 1990, liderou a construção da RNP. Ao final de sua
apresentação, CA exclamou: "Tadao, companheiro de pelejas, você fará
muita falta!"
Beatriz Zoss (RNP) enfatizou que a Internet já em 92, naquele embrião,
mostrava três grandes camadas: a social representada pela presença
dentro da ECO-92 do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (Ibase) e do Alternex – projeto de serviços de comunicação
via redes de computadores –, a camada técnica, e a de ensino e pesquisa,
que deu suporte para que tudo acontecesse. Beatriz destacou os avanços
obtidos pela RNP desde sua criação. “Isso foi uma visão que Tadao talvez
tivesse na época e que, para mim, era muito longe de ver, mas com muito
orgulho, peguei carona nesse sonho, que estou vendo se materializar”.
Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br, também pioneiro da rede no
país, falou sobre iniciativas que devem muito ao Tadao. Uma delas
aconteceu em 1995, quando o governo estudava meios de como oferecer a
Internet comercial em território nacional. Tadao Takahashi foi um dos
que convenceu Sérgio Motta, ministro das Comunicações na época, a
definir que a área de Telecomunicações e a Internet eram coisas diversas
e complementares. “Isso ajudou na evolução da rede no Brasil, porque a
deixou livre de amarras”.
Ele fez um apelo para que tentássemos aprimorar a definição do que
significa Internet. “Quando defendemos neutralidade, defendemos
“neutralidade da Internet”. É fundamental separá-la das construções que
são feitas sobre ela. Uma coisa é a Internet, que deve ser uma estrutura
única, cobrindo o mundo inteiro, e outra são as construções sobre ela,
independentemente de serem boas ou ruins. Essas podem ser passíveis ou
não de regulação, podem ser consideradas como “intermediários” no
sentido clássico, ou não. Para termos um caminho futuro claro sobre
isso, há que se separar o tratamento da Internet, que tem de estar
disponível para todos, do que é construido sobre ela. Tadao fará muita
falta nesse cenário em que a objetividade e a racionalidade são
fundamentais”.
Para Eduardo Parajo (vice-presidente da Abranet), o embrião de 92,
marcado pelas primeiras conexões, representou uma revolução na
comunicação brasileira. “Ele foi importante para que tivéssemos um ponto
focal naquele momento de divisão do que aconteceria no Brasil em relação
à Internet”. Após fazer um retrospecto da evolução desse mercado no
país, Parajo agradeceu a pioneiros, como Tadao, Getschko e Carlos
Afonso, que ajudaram “a projetar esse futuro, o que vivemos hoje e o que
ainda vamos viver”.
Raimundo Macêdo (Sociedade Brasileira de Computação/Universidade Federal
da Bahia) falou sobre os grandes desafios para o futuro da Internet no
Brasil, separando-os em cinco eixos: científico/tecnológico, econômico,
social, ambiental e regulatório. Ele apontou como tendências a
descentralização, a mobilidade, as integrações físico-cibernética,
físico-virtual, humano-físico-cibernética – que vão exigir maior
autonomia operacional e de gestão de sistemas de redes.
Na visão de José Gontijo (coordenador do CGI.br), a Internet e o mundo
real são uma coisa só. “Muito se falava em realidade virtual e o mundo
real há algum tempo atrás. Hoje, temos a realidade misturada. A pandemia
proporcionou isso. As pessoas se relacionam pela Internet, pelas
videoconferências. Tudo isso mostra o que é a Internet”. José Gontijo
ainda destacou a importância do modelo multissetorial do CGI.br para a
governança da Internet no Brasil e que é muito reconhecido
internacionalmente.
*Luta por diversidade
*Silvana Bahia (Olabi) destacou que vivemos em um país marcado pela
desigualdade, principalmente a de raça e de gênero. Ao refletir sobre os
30 anos da Internet no Brasil, ela constatou que, apesar das muitas
transformações ocorridas nesse período, a produção e a gestão de
tecnologia seguem pouco diversas, o que ajuda na manutenção de problemas
estruturais, como o racismo.
A representante do Olabi frisou que os desafios estruturais também estão
presentes no digital, ambiente onde o poder de escala e impacto é muito
maior. “Espero que a questão racial não saia da mesa, e que a gente
possa dar nome para as coisas sem medo. Espero que as linguagens e
possibilidades se ampliem para toda sociedade, mas principalmente para
‘as maiorias silenciadas’”.
*Direito fundamental
*Mariana de Siqueira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) falou
sobre o futuro da Internet no Brasil a partir de um recorte jurídico.
Ela destacou, entre outros, o debate em torno do acesso à rede como um
direito fundamental. Segundo a especialista, na perspectiva jurídica,
esse reconhecimento pode ser implícito – sem que esteja escrito na
Constituição Federal – ou explícito, escrito no texto da CF, a partir de
uma proposta de emenda.
Na avaliação da professora, a consolidação da rede como um direito
fundamental no Brasil não é um processo simples e precisará de
engajamento coletivo, esforço e articulação junto ao poder público. “O
primeiro passo para o futuro da Internet no Brasil é discutir de modo
mais intenso esse direito fundamental. E a pandemia colocou holofotes
enormes sobre a questão e sua importância”, afirmou, acrescentando que
não basta apenas acesso. De acordo com ela, é fundamental também educar
para a cidadania digital para que o futuro da rede seja promissor,
marcado por equidade, que é Justiça com igualdade.
*Homenagem
*Durante a sessão, foi exibido um *vídeo
<https://youtu.be/k2GGXhyhk-I>*, mostrando a contribuição e a
importância de Tadao Takahashi para a Internet no Brasil. Emocionada,
Laura Takahashi agradeceu pela homenagem e pelo evento que honra a
memória do irmão. “Ele sempre acreditou que as mudanças positivas são
possíveis de serem realizadas no Brasil. E lutou por isso até os últimos
dias da sua vida”.
Ela compartilhou a visão de futuro que Tadao vinha apresentando nos
últimos tempos. “Meu irmão tinha um interesse especial na realização de
projetos sociais de apoio à formação e educação de crianças e
adolescentes de comunidades socialmente vulneráveis. Projetos com ênfase
em tecnologia e ensino. Desde 2021, junto com alguns colaboradores,
começou a construir uma associação sem fins lucrativos, uma organização
social civil com esse objetivo, que agora denominamos Instituto Tadao
Takahashi”.
Selma, prima de Laura, apresentou o instituto, cujos objetivos são
preservar a memória histórica sobre a implantação e desenvolvimento da
Internet no Brasil, enfatizando a contribuição de Tadao, resgatar suas
ideias e estudos sobre o futuro da Internet e promover o conhecimento
como instrumento de transformação social, criando modelos de uma
educação holística, que integra tecnologia, saúde, crescimento pessoal e
humanístico.
*Programação do FIB12
*Realizado de terça (31) a sexta-feira (3), o Fórum da Internet no
Brasil contou com uma extensa programação do evento composta por sessões
principais e */workshops/ sugeridos pela comunidade brasileira em
governança da Internet
<https://www.cgi.br/noticia/releases/natal-rn-sediara-o-12-forum-da-internet…>*,
reunindo no mesmo espaço representantes de diversos setores, como
governamental, empresarial, terceiro setor e comunidade científica e
tecnológica. Acesse a playlist do evento e confira na íntegra todos os
debates:
*https://www.youtube.com/playlist?list=PLQq8-9yVHyObTEl6bzX592mUU_zhy6KDt*.
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.
*Flickr: https://flickr.com/NICbr/**
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*
Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
inscritos na lista *anuncios(a)nic.br* sempre que publicados em nossos
sítios. Caso não queira mais recebê-los, siga as instruções disponíveis
*aqui <https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios>*.
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12º Fórum da Internet no Brasil coloca em debate a regulação de plataformas digitais e a remuneração da atividade jornalística
by imprensa@nic.br 02 Jun '22
by imprensa@nic.br 02 Jun '22
02 Jun '22
Natal (RN), 2 de junho de 2022
*12º Fórum da Internet no Brasil coloca em debate a regulação de
plataformas digitais e a remuneração da atividade jornalística*/
Com foco na governança da rede, evento segue até esta sexta-feira (3) e
pode ser acompanhado ao vivo pelo canal do NIC.br no YouTube
/
O *12º Fórum da Internet no Brasil (FIB12)
<https://forumdainternet.cgi.br/>*, realizado na cidade de Natal (RN)
pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), colocou em pauta na
manhã desta quinta-feira (2) o tema “Regulação das plataformas e
compensações à atividade jornalística”. Durante a sessão, mediada por
Rafael Evangelista (Conselheiro da comunidade científica e tecnológica
do CGI.br), foi levantada a discussão sobre como os produtores culturais
e os veículos de imprensa têm sido afetados pelo crescente avanço da
economia digital baseada em plataformas de distribuição de conteúdo.
Orlando Silva (Deputado Federal PCdoB/SP) afirmou que o debate proposto
é muito importante para o combate à desinformação, que ele considera uma
tarefa civilizatória e essencial para a sustentação da democracia. Ele
destacou que as ferramentas digitais oferecem à sociedade um instrumento
de grande potência para a ampliação de canais de participação social,
para que se possa ter sistemas políticos e instituições com mais
legitimidade social. “Quando refletimos sobre algum mecanismo de
regulação na Internet precisamos ter como perspectiva garantir a
liberdade. Esse é um ponto crucial no debate que fazemos”, acrescentando
que essa regulação deve ter como um dos pressupostos a transparência.
Na visão de Orlando Silva, são necessárias regras de transparência,
publicação de informações de como as atividades dessas plataformas
digitais se desenvolvem. O deputado defendeu ainda a remuneração de
conteúdo indexado. "A produção de informações com método, técnica,
pluralismo e com contraditório, seja por empresas de mídia tradicionais
ou digitais, merece valorização".
Marcelo Lacerda, do Google, apresentou iniciativas da empresa que buscam
apoiar e valorizar os veículos jornalísticos, pontuando, entre outras
questões, que 2 bilhões de cliques são gerados por mês pelo Google para
sites jornalísticos no Brasil. "O jornalismo de qualidade, profissional,
ajuda a criar um mundo mais bem informado, e isso se conecta diretamente
com a nossa missão de organizar a informação e torná-la disponível para
todos", afirmou.
Fazendo um contraponto, Marcelo Bechara (Globo) trouxe a diferença entre
apoio e remuneração de conteúdo jornalístico. "Estamos falando sobre
pagar algo que está sendo usado", afirmou. Ele ressaltou que, quando um
usuário acessa as redes sociais e as ferramentas de busca, as primeiras
informações que aparecem são notícias. “Os /trending topics/ são
baseados em notícias. O que mudou? Cada vez mais as plataformas criam
ambientes autocontidos”, explicando que mais da metade dos que fazem
buscas ficam na primeira página, e que atualmente as respostas já estão
na ferramenta, fazendo com que o usuário não entre nos /sites/.
“Com notícia não é diferente. Aparece a manchete, o /lead/ e a imagem. A
Universidade de Sydney identificou que a maioria das pessoas obtém
conhecimento da informação apenas por aquelas imagens. Elas não entram
na notícia, não clicam no /site/. Consequentemente, não vão ver a
publicidade no /site/ do veículo jornalístico. Então, é uma apropriação
do conteúdo”.
Em nome de uma coalizão com mais de 40 entidades de comunicação do país,
Bechara defendeu que seja adotado um modelo semelhante ao australiano,
com uma regulação de Estado que estabeleça bases para a remuneração do
conteúdo jornalístico. “O que estamos observando é que há uma
apropriação de conteúdo de relevância estratégica. O jornalismo é pilar
da democracia”.
Em relação à questão da remuneração do jornalismo por plataformas,
Marina Pita (Intervozes) afirmou que não será resolvida por soluções
simplistas nem discussões rápidas e não aprofundadas, e que é preciso a
participação de todos os agentes interessados no debate. Pita enfatizou
que se “não aproveitarmos esse momento para discutir não só a
sustentabilidade da mídia que existe, mas a sustentabilidade da mídia
que queremos que exista, a comunitária e a pública, não estaremos
fazendo nosso trabalho adequadamente, especialmente enquanto sociedade
civil”.
Outro risco relacionado ao modelo de regulação que está sendo pensado,
de acordo com a representante do Intervozes, é a concentração de
mercado. "Mesmo em países que aprovaram leis, as negociações acontecem
de forma privada e os acordos são sigilosos", alertou. Ela também
apontou como risco o aumento do poder de algumas plataformas para
determinar quem vai receber os recursos, sem critérios. "Há produtores
de conteúdo que fazem um trabalho questionável da perspectiva ética",
opinou a especialista. Na avaliação de Pita, é fundamental que o modelo
de remuneração contemple a transparência, um código de ética para os
jornalistas e as empresas, e também critérios para remuneração.
Para Niousha Roshani (United Capital Group) um dos maiores problemas é
que as plataformas internacionais operam globalmente, mas têm de
respeitar leis dos Estados Unidos, o que cria muita complexidade. Outra
questão, segundo ela, é “ao tentar usar um único modelo de moderação de
conteúdo para o mundo inteiro, as políticas adotadas não são
contextualizadas”.
Ela destacou ainda que as plataformas norte-americanas têm ganhado
bilhões de dólares, um dinheiro que normalmente iria para as companhias
de mídia, o que provoca um desequilíbrio de poder entre o setor de
tecnologia e o de jornalismo. Niousha Roshani falou também sobre a
necessidade de transparência para veículos jornalísticos que recebem
remuneração, a importância de investimento na mídia independente para
que muitas histórias importantes não deixem de ser contadas e destacou
que a luta mais importante é contra a desinformação. Sobre esse problema
especificamente, criticou a falta de táticas inovadoras e variadas.
*Regulação de plataformas
*Marcos Dantas (CGI.br) ressaltou que nas últimas duas décadas
principalmente, montaram-se poderosas empresas chamadas de /big techs/,
que passaram a organizar e a comandar a interação na Internet com
finalidades comerciais e lucrativas. Ele argumentou que, por enquanto,
são as plataformas que estão regulando as nossas vidas a partir dos seus
algoritmos, e vigiam cada um de nossos passos. “Chega a ser curiosa essa
gritaria contra o vigilantismo, quando o maior poder vigilante na nossa
sociedade hoje em dia é exercido pelas plataformas”, disse, completando
que a lei deve ir para cima delas, e não do cidadão.
Marcos Dantas chamou atenção de que é mais do que sabido que plataformas
censuram conteúdos em compromisso com seus anunciantes, e que ao
fazê-lo, deixam de ser um provedor de acesso, e se tornam uma editora.
"Todos os setores da economia são regulados, e por que esse setor não é?
Há uma tremenda centralização de poder econômico, político, geopolítico.
Defendo que precisamos de regulação. Um grupo tão poderoso, e com essa
influência na vida das pessoas, tem de ser tratado como setor de
interesse público e submetido a regras públicas".
*Programação do FIB12
*O tema da próxima sessão principal, que acontece nesta sexta-feira,
será os 30 anos da ECO-92 e o futuro da Internet no Brasil. O Fórum,
cujas inscrições são gratuitas e estão disponíveis no *sítio do evento
<https://forumdainternet.cgi.br/>*, também conta com transmissão ao vivo
pelo *canal do NIC.br no YouTube
<https://www.youtube.com/user/NICbrvideos>*. A programação do evento é
composta ainda por */workshops/ sugeridos pela comunidade brasileira em
governança da Internet
<https://www.cgi.br/noticia/releases/natal-rn-sediara-o-12-forum-da-internet…>*,
reunindo no mesmo espaço representantes de diversos setores, como
governamental, empresarial, terceiro setor e comunidade científica e
tecnológica. Entre os temas que serão analisados, estão: dados,
informações e conteúdos digitais; diversidade e inclusão;
infraestrutura, acesso e conectividade; Internet, sociedade e cidadania;
privacidade e segurança e questões jurídicas, regulatórias e
extraterritoriais, entre outros. Veja a programação em:
*https://forumdainternet.cgi.br/programacao/agenda/2/*
<https://forumdainternet.cgi.br/programacao/agenda/2/>.
*Anote na Agenda
**12º Fórum da Internet no Brasil – FIB12*
*Dias:* de terça-feira (31/05) à sexta-feira (3/06)
*Local:* Hotel Holiday Inn - Avenida Senador Salgado Filho, 1906, Lagoa
Nova - Natal
*Horários:* quinta (das 10h às 18h40) e sexta (das 10h às 18h40)
*Transmissão:* *https://www.youtube.com/NICbrvideos*
<https://www.youtube.com/NICbrvideos>*Inscrições:*
*https://forumdainternet.cgi.br/*
*
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.
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Especialistas aprofundam debate sobre diversidade e gênero na tecnologia no 12º Fórum da Internet no Brasil
by imprensa@nic.br 01 Jun '22
by imprensa@nic.br 01 Jun '22
01 Jun '22
Natal, 1º de junho de 2022
*Especialistas aprofundam debate sobre diversidade e gênero na
tecnologia no 12º Fórum da Internet no Brasil*
/Programação do evento segue até esta sexta-feira (3) com workshops e
sessões plenárias que analisam temas diversos do universo da governança
da Internet
/
Em sua *12ª edição, o Fórum da Internet no Brasil (FIB)
<https://forumdainternet.cgi.br/>*, evento promovido pelo Comitê Gestor
da Internet no Brasil (CGI.br), reuniu na manhã desta quarta-feira (1º)
na cidade de Natal (RN) especialistas de renome em torno do debate sobre
“Diversidade e Gênero nas TIC: uma agenda para inclusão e
representatividade”. O dia foi marcado ainda pela sessão de abertura,
que contou com a participação de conselheiros do CGI.br e autoridades do
Rio Grande do Norte.
“Sediar na nossa capital um encontro dessa envergadura é motivo de
júbilo para todos nós”, declarou o vice-governador do estado, Antenor
Roberto, acrescentando que os temas tratados no Fórum são atuais,
instigantes e dialogam com a nova geração. Ele enfatizou que, assim como
todos os insumos e instrumentos que a humanidade teve acesso, a
tecnologia pode tanto servir para edificar quanto para desconstruir.
“Mas nós estamos aqui na perspectiva progressista que é construir, a
partir dessas discussões, uma tecnologia que possa trazer mais
integração e menos exclusão, mais sabedoria e menos barbárie para a
humanidade”.
Já o Conselheiro representante do Setor Governamental e ministro das
Telecomunicações em exercício, Maximiliano Martinhão, destacou que o
Nordeste tem muito a contribuir para os debates da Internet, e que é a
região onde o acesso à rede mais cresce no país. Deu exemplos de
iniciativas do governo federal para a ampliação do acesso. Por fim,
ressaltou que o Fórum, além de temas relevantes, possui debates
necessários e importantes, e tem uma preocupação grande com o futuro.
José Gontijo, Coordenador do CGI.br, elogiou o modelo de governança
multissetorial brasileiro, afirmando que ele é referência e um dos mais
respeitados do mundo. “Entendemos que é preciso pensar no modelo e no
futuro da Internet no Brasil, mas não podemos esquecer que temos no
decálogo, onde pregamos uma Internet livre, soberana, onde cada
brasileiro tem que ser incluído para ter a sua cidadania digital. E isso
só pode acontecer quando todos os setores estão juntos”.
Conduzida por Tanara Lauschner, Coordenadora do Grupo de Trabalho do
FIB12 e Conselheira representante da Comunidade Científica e Tecnológica
no CGI.br, a sessão de abertura contou ainda com a participação de
Nivaldo Cleto (Conselheiro representante do Setor Empresarial); Percival
Henriques (Conselheiro representante do Terceiro Setor); Gustavo Paiva
(Coordenador Local do FIB12); Carolina Barbosa, secretária Adjunta de
Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal de Planejamento
(SEMPLA) e Edivaldo Cavalcante de Albuquerque Junior, representante da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
*Diversidade e gênero nas TIC
*Mediadora da sessão principal sobre diversidade e gênero nas TIC, Laura
Tresca (conselheira do CGI.br), destacou que homens e mulheres não se
beneficiam da sociedade do conhecimento de maneira igualitária, e que é
necessário conhecer as desigualdades para promover avanços. Ela
ressaltou ainda que recentemente o CGI.br assumiu uma agenda de trabalho
sobre diversidade.
“Resolvemos, como Comitê Gestor da Internet, responsável por formular
diretrizes para o desenvolvimento da Internet no Brasil, fazer consultas
a especialistas sobre quais eram os desafios para a promoção da
igualdade de gênero na Internet, e como apresentar uma agenda de atuação
não só para o CGI.br, mas para toda a sociedade", afirmou. Os desafios
listados são: aprofundar a produção de dados; inclusão digital não
restrita simplesmente ao acesso, mas que contemple a produção de
tecnologias; enfrentamento da violência de gênero e de raça;
participação na governança da Internet e fomento à diversidade.
De forma complementar, Biamichelle Miranda (consultora em diversidade e
inclusão e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul) enfatizou a importância de abordar a questão da
diversidade de gênero de forma ampla, incluindo também travestis e
mulheres transsexuais. Para ela, o primeiro desafio é olhar os
diferentes grupos de diversidade e entender que, dentro de cada um, há
outros grupos, com suas especificidades. Além disso a inclusão de
pessoas negras na tecnologia, a pesquisadora da PUC-RS disse que os
desafios enfrentados são os mesmos da comunidade negra como um todo:
combater o racismo em todas as suas formas, institucional, cultural e
estrutural. "Estamos caminhando, mas ainda muito distantes de onde
queremos chegar".
*Neutralidade em xeque
*Na avaliação de Clara Marinho, consultora das Nações Unidas para a
Década Afrodescendente, a tecnologia não é neutra e está inserida num
contexto social específico. "Ainda que o Brasil tenha uma população
negra em maioria, a tecnologia expressa uma visão de que há pessoas que
têm recursos materiais e simbólicos maiores do que outras. Há uma escala
de humanidades, e ela se reverbera na tecnologia”.
Renata Gusmão (líder de transformação social da ThoughtWorks) apontou
que um grupo muito homogêneo pensa e constrói soluções na área, ao mesmo
tempo, impactando uma diversidade de pessoas. “Como trazemos essa
diversidade para dentro do processo de pensar a tecnologia? E como ela
pode resolver de verdade problemas das pessoas, e não apenas para um
grupo tão pequeno?", indagou, completando que essa questão fica ainda
mais explícita num contexto de desigualdades. “Ao mesmo tempo em que a
área está versando sobre metaverso, muita gente não tem acesso nem a Wi-Fi”.
Para ela, é preciso criar novas referências, de forma que as
diversidades possam ser melhor acolhidas e para que o ambiente se torne
menos hostil. "Quando olhamos para as referências de quem está tomando
as decisões, muitas vezes, encontramos homens brancos, héteros, cis, sem
deficiência. Isso faz com que nas nossas subjetividades fique essa ideia
de que, para estar lá, tem que seguir esse modelo. É necessário
construir novas referências, trazer vozes que foram invisibilizadas ao
longo do tempo. Para que consigamos evoluir na direção certa, é preciso
trazer essa diversidade para dentro da produção de tecnologia”.
Já Marjory da Costa Abreu (professora de ética na Inteligência
Artificial na Sheffield Hallam University) falou sobre o uso do
aprendizado de máquina para a mitigação das desigualdades de forma
geral. De acordo com ela, a tecnologia pode ser uma aliada no combate à
discriminação de raça, gênero e orientação sexual. Daiane Araújo dos
Santos (coordenadora da rede comunitária da Casa dos Meninos), por sua
vez, afirmou que as tecnologias digitais ainda são pouco utilizadas como
ferramenta para a diminuição das desigualdades. "Precisamos fazer esse
movimento com mais força e efetividade".
Cristiano Maciel, que representou o projeto Meninas Digitais Mato
Grosso, defendeu que a tecnologia pode contribuir para a diversidade na
TI - numa perspectiva que vai além do gênero, e abarca raça e etnia,
perfil escolar, faixa etária e grupo social. Persistência, pluralidade,
praticidade, parceria, fortalecimento, pioneirismo e produtividade são
fatores-chave para que isso aconteça. "Falando um pouco sobre nossas
iniciativas, percebo que cada vez mais é necessário ser interdisciplinar
e intersetorial. Precisamos sair dos quadrados e começar a conectar as
partes para fazer discussões mais produtivas", afirmou.
Para ele, mais do que questionar se houve avanços ou retrocessos na
questão da representatividade, é necessário seguir lutando em rede, ter
também homens nessa luta, ter mais mulheres nos postos de liderança e
promover o valor da diversidade. Entre os desafios apresentados por
Maciel estão: educação que de fato liberte, atuar na construção de
políticas públicas, atuar com o mercado de trabalho, buscar mais apoios
institucionais e financiamentos, usar a tecnologia para promoção da
pauta e criar oportunidades de debates.
*Programação do FIB12
*A regulação de plataformas e compensações à atividade jornalística; e
os 30 anos da ECO-92 e o futuro da Internet no Brasil são temas das
sessões principais que acontecem nesta quinta (2) e sexta-feira (3),
respectivamente. O Fórum, cujas inscrições são gratuitas e estão
disponíveis no *sítio do evento* <https://forumdainternet.cgi.br/>,
também conta com transmissão ao vivo pelo *canal do NIC.br no YouTube*
<https://www.youtube.com/user/NICbrvideos>. A programação do evento é
composta ainda por *workshops sugeridos pela comunidade brasileira em
governança da Internet
<https://www.cgi.br/noticia/releases/natal-rn-sediara-o-12-forum-da-internet…>*,
reunindo no mesmo espaço representantes de diversos setores, como
governamental, empresarial, terceiro setor e comunidade científica e
tecnológica. Entre os temas que serão analisados, estão: dados,
informações e conteúdos digitais; diversidade e inclusão;
infraestrutura, acesso e conectividade; Internet, sociedade e cidadania;
privacidade e segurança e questões jurídicas, regulatórias e
extraterritoriais, entre outros. Veja a programação em:
*https://forumdainternet.cgi.br/programacao/agenda/2/*
<https://forumdainternet.cgi.br/programacao/agenda/2/>.
*Anote na Agenda
**12º Fórum da Internet no Brasil – FIB12*
*Dias:* de terça-feira (31/05) à sexta-feira (3/06)
*Local:* Hotel Holiday Inn - Avenida Senador Salgado Filho, 1906, Lagoa
Nova - Natal
*Horários:* quinta (das 10h às 18h40) e sexta (das 10h às 18h40)
*Transmissão:* *https://www.youtube.com/NICbrvideos*
<https://www.youtube.com/NICbrvideos>*Inscrições:*
*https://forumdainternet.cgi.br/*
<https://forumdainternet.cgi.br/>
*Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
*O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito
privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem
como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos
no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados
provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada.
Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da
Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br
(*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br
(*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/*
<https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/*
<https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e
Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como
Internetsegura.br (*https://internetsegura.br*
<https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no
Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o
escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>).
*Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
*O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços
Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a
disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do
multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de
governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que
todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança
e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003*
<https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em
*https://cgi.br/* <https://cgi.br/>.
*Flickr: https://flickr.com/NICbr/**
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*Facebook: https://facebook.com/nic.br*
*Telegram: https://telegram.me/nicbr*
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Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos
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*aqui <https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios>*.
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