São Paulo, 19 de novembro de 2009
NIC.br, Inmetro e Anatel realizam avaliação do serviço de banda
larga no Brasil
Análise realizada até o final do ano resultará em estudo a ser
divulgado no início de 2010
O
Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br, que implementa
as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br,
em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Inmetro) e a Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), e com o apoio da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), iniciou um
estudo com objetivo de avaliar a qualidade dos serviços de banda larga
oferecidos no país.
As medições serão feitas com dois métodos diferentes. O primeiro
contará com a colaboração dos usuários de serviços de banda larga no
Brasil. Para isso, o NIC.br desenvolveu o Sistema de Medição de Tráfego
de Última Milha (SIMET), disponível no link: http://www.ceptro.br/Simet.
O software é executado pelo navegador web e basta apenas
autorizar sua execução e acesso à Internet, caso o sistema operacional
ou firewall solicitem.
Com estes testes via SIMET, o NIC.br espera obter uma base de
comparação em relação à análise realizada com thin client
e GPS e também proporcionará acesso à informação sobre a velocidade de
banda larga por CEP. "Queremos contribuir para obter melhorias na
Internet. Este é o compromisso do NIC.br e este estudo possibilitará
avaliar a qualidade da banda larga no Brasil", afirmou Milton Kaoru,
diretor de projetos do NIC.br. "Quanto mais usuários utilizarem esse
software, com as mais variadas qualidades de conexão, melhor será o
panorama sobre a qualidade do serviço prestado", ressalta.
A outra frente de ação teve início em novembro, quando 100 equipamentos
começaram a ser instalados em domicílios que se apresentaram
voluntariamente de diversas localidades do Brasil. Os dados obtidos
possibilitarão obter uma visão sobre possíveis diferenças entre o
serviço contratado e o realmente fornecido aos usuários. Será instalado
um thin client
com receptor GPS, ligado a uma conexão Internet contratada
especificamente para o teste, e de uso exclusivo desse equipamento.
Será aferida a qualidade das operadoras/provedores com maior
participação de mercado e o NIC.br arcará com as despesas da conexão.
O investimento realizado para essa pesquisa com thin clients
e GPSs é de, aproximadamente, R$ 100 mil e os testes serão conduzidos
pelo NIC.br, sem que operadoras/provedores avaliados saibam a
localização dos equipamentos, a fim de proporcionar a maior idoneidade
possível. Os voluntários fornecerão local físico para os equipamentos,
farão sua instalação, realizarão a contratação e posterior cancelamento
da conexão Internet. Não poderá ser utilizada a mesma conexão Internet
já instalada na residência.
O SIMET depende da colaboração dos usuários finais, que fazem testes
apenas ocasionalmente. "A vantagem é o seu amplo alcance, visto que
possibilita obter resultados de todo o país e provedores, mas não tem a
precisão do thin client
com GPS, pois não temos controle sobre o hardware do computador
utilizado, da rede residencial e nem das aplicações que estão em
execução simultaneamente com o software SIMET. A análise via SIMET e thin
clients aperfeiçoará nossa coleta de dados e teremos um estudo
mais completo", adiciona.
Segundo Kaoru, a maneira como os provedores realizam o controle da
banda larga para atender o serviço contratado pode ser realizada de
várias formas. Sabe-se que no mercado a velocidade de banda contratada
diz respeito à quantidade de bits trafegados, seja via cabo metálico,
fibra ou ar. Tecnologias em geral, como ADSL, Cabo Modem, SDH, ATM, por
exemplo, criam uma diferença entre a velocidade nominal e a real.
"Na Internet, há uma perda adicional decorrente do protocolo utilizado.
O SIMET mede a largura de banda utilizando os protocolos UDP e TCP. O
UDP transmite as mensagens sem preocupar com o que possa acontecer com
a mensagem na rede, enquanto o TCP atua para entregar os dados de forma
confiável, sem perda de pacotes, com controle de congestionamento e
fluxo. Observamos que o TCP tem evoluído nos últimos anos para
maximizar o uso da banda larga disponível, mas sempre tem alguns bits
gastos para isso que não fazem parte dos dados transportados. Portanto,
os testes apenas considerarão o transporte de dados entre cliente e
servidor", disse.
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (http://www.nic.br)
é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e
projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São atividades
permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio -
Registro.br (http://www.registro.br),
estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br
(http://www.cert.br),
estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações - CEPTRO.br (http://www.ceptro.br),
produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da
comunicação - CETIC.br (http://www.cetic.br)
e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br).
Sobre o CEPTRO.br
O Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações
(CEPTRO.br) é responsável por projetos que visam melhorar a qualidade
da Internet no Brasil e disseminar seu uso, com especial atenção para
seus aspectos técnicos e de infra-estrutura. O CEPTRO.br gerencia,
entre outros projetos, o PTT.br, NTP.br, e IPv6.br. Mais informações
podem ser obtidas em http://www.ceptro.br/.