São Paulo, 28 de janeiro de 2015
TIC Organizações Sem Fins Lucrativos 2014 mostra uso estratégico
das redes sociais
Interação com o público, campanhas e mobilização estão entre as
atividades realizadas pelas organizações no ambiente on-line
O uso das redes sociais on-line tem contribuído com os objetivos de
organizações sem fins lucrativos no Brasil. Essa é a avaliação que
77% das organizações que possuem uma conta ou perfil próprio em rede
social fazem a respeito da contribuição desses canais para a
realização de suas missões, segundo a pesquisa TIC Organizações Sem
Fins Lucrativos 2014.
Conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por
meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (CETIC.br), do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa é realizada a cada dois
anos, desde 2012, e investiga a infraestrutura disponível e os usos
das tecnologias de informação e comunicação (TIC) por parte de
organizações brasileiras sem fins lucrativos.
Mais da metade das organizações (61%) possuem conta ou perfil
próprio em alguma rede social, bem como blogs e fóruns, sendo o
Facebook o canal mais mencionado (53%). A TIC Organizações Sem Fins
Lucrativos 2014 aponta ainda que as ações mais comuns são publicação
de notícias (89%) ou temas relacionados à área de atuação das
organizações (86%). Atividades envolvendo algum tipo de interação
com o público também ocorrem com frequência. Responder comentários e
dúvidas de usuários, por exemplo, foi mencionado por 74% das
instituições, e 64% delas promovem campanhas de conscientização ou
mobilização por meio das redes sociais.
“A segunda edição da pesquisa confirma o papel das redes sociais
como alternativa para a presença das organizações sem fins
lucrativos no ambiente “on-line”. Isso aconteceem virtude do amplo
potencial de divulgação dessas plataformas sem a necessidade de
grandes investimentos de recursos, como é o caso dos websites. As
redes sociais possuem uma importância estratégica para essas
organizações, principalmente se compararmos com o setor empresarial,
em que apenas 39% das empresas brasileiras estão presentes nesses
canais de comunicação, como mostra a TIC
Empresas 2013”, analisa Alexandre Barbosa, gerente do
CETIC.br.
Para a realização da pesquisa, foram entrevistadas 3.283
organizações sem fins lucrativos nas áreas de cultura e recreação,
educação e pesquisa, religião, saúde e assistência social,
desenvolvimento e defesa de direitos. Assim como na última
edição, a pesquisa TIC Organizações Sem Fins Lucrativos
2014 traçou um perfil dessas instituições, indicando que estas obtêm
seus recursos principalmente de doações de pessoas físicas (54%),
mensalidades e anuidades pagas por associados (49%). As organizações
têm, entre seus públicos de atuação, jovens (52%), crianças e
adolescentes (50%) e mulheres (45%), e sua atuação acontece
especialmente nas comunidades em que estão inseridas.
Recursos e infraestrutura TIC
Embora o computador e a Internet ainda não sejam recursos
tecnológicos universalizados no ambiente das organizações sem fins
lucrativos (apenas 75% e 68% das organizações os utilizam,
respectivamente), a pesquisa mostrou um cenário estável no interior
das organizações brasileiras desde 2012. Questões que envolvem custo
e infraestrutura são os motivos mais mencionados. Quando se fala do
uso de computador, 60% das organizações disseram não possuir tal
ferramenta devido ao alto custo de aquisição ou manutenção. Já no
caso da Internet, 60% das organizações acusaram o custo de conexão e
42% a falta de infraestrutura de acesso como motivos para não
utilizá-la.
Ainda há uma parcela de organizações que são usuárias de computador,
mas não possuem equipamentos próprios, o que sugere que, em muitos
casos, o trabalho é realizado com os equipamentos pessoais de seus
membros. Essa diferença é ainda mais evidente entre as organizações
pequenas, sem pessoas remuneradas. Embora 57% delas tenham afirmado
que usam computador, somente 30% possuem este equipamento. O uso de
Internet também é menor entre as organizações de menor porte: 48%
das organizações sem pessoal ocupado afirmaram utilizar Internet,
enquanto 87% nas organizações com 1 a 9 pessoas ocupadas e 85%
naquelas com mais de 10 fazem uso da rede.
Contribuições e barreiras no uso das TIC
A pesquisa também investiga a percepção das organizações brasileiras
sem fins lucrativos com relação às contribuições que o uso das TIC
pode trazer para questões administrativas e processos internos. Para
51% delas, as TIC contribuíram muito para aumentar a agilidade na
realização de suas tarefas, enquanto 45% mencionam melhora na
comunicação interna. As organizações citaram em menor medida a
contribuição das TIC para a redução de despesas (30%) e aumento de
captação de recursos (19%).
Para mais informações sobre a pesquisa TIC Organizações Sem Fins
Lucrativos 2014, acesse http://cetic.br/.
Sobre o CETIC.br
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e
estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil,
divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento
da rede no País. O CETIC.br é um Centro Regional de Estudos, sob os
auspícios da UNESCO. Mais informações em http://www.cetic.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(http://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que
implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no
Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de
nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar,
responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br
(http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e
operações — CEPTRO.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br
(http://www.cetic.br/) e abrigar o escritório do W3C no Brasil
(http://www.w3c.br/).
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer
diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da
Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de
serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a
inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos
princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o
CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet
com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas
decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a
Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios). Mais
informações em http://www.cgi.br/.