São Paulo, 10 de julho de 2023
NIC.br lança prêmio para reconhecer instituições que se
destacaram na implantação do IPv6
Iniciativa, que celebra os 15 anos do projeto IPv6.br, recebe
inscrições até 31 de julho
O IPv6.br, sítio de iniciativa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) que abriga múltiplas ações em prol da adoção do Protocolo de Internet versão 6 (IPv6) no Brasil, completa 15 anos em 2023. Para celebrar esse marco, o NIC.br criou o Prêmio IPv6, que visa incentivar e reconhecer os esforços de provedores e instituições para a disseminação no país dessa tecnologia, fundamental para que a rede siga crescendo e evoluindo. Interessados em participar devem preencher o formulário de inscrição até 31 deste mês. Os vencedores serão anunciados durante a edição especial de 15 anos do Fórum Brasileiro de IPv6, que acontecerá no dia 8 de dezembro em conjunto com a 13ª Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil.
O prêmio possui duas categorias: na primeira, será contemplada a instituição que mostrar o maior índice de adoção de IPv6 em novembro de 2023. Na segunda, aquela que apresentar o maior avanço percentual na implantação durante o período de 1º de agosto até 1º de dezembro desse ano. Os candidatos terão seus sítios e redes avaliados por meio das medições do TOP e SIMET, ambas iniciativas do NIC.br.
Os ganhadores das duas categorias receberão, cada um, bolsa para participar do evento do Registro de Endereços da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC) no primeiro semestre de 2024. A bolsa consiste em passagens aéreas (ida e volta) e diárias de hotel. Serão ainda beneficiados com uma cota de patrocínio em 2024 para os cursos BCOP, IX Fóruns Regionais, Lives Intra Rede e Semanas de Capacitação Online, promovidos pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologias de Redes e Operações (Ceptro.br) do NIC.br. Já os candidatos que alcançarem 75% de adoção de IPv6 ganharão certificado de honra ao mérito e serão mencionados na premiação.
“O prêmio é uma maneira de estimular as instituições a avançarem com a implantação do IPv6 em suas redes. É ainda uma oportunidade para que elas se destaquem no cenário tecnológico e, por meio da adoção ao protocolo e das melhores práticas de configuração de suas redes, contribuam com a evolução da Internet em território nacional”, explica Antonio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br.
Por que o IPv6 é importante?
Para compreender melhor a importância da versão 6 do
Protocolo Internet é preciso voltar ao início da década de 1990,
quando a rede começava, aos poucos, a deixar o ambiente controlado
das universidades e centros de pesquisa para ser usada também pela
população. Diante daquele contexto, o IPv4, que havia suportado o
funcionamento da Internet desde 1983, chegava ao limite. Era
preciso pensar num substituto para essa tecnologia, o que passou a
ser feito a partir de 1994, assim como algumas soluções
temporárias para estender o uso da versão 4 do protocolo.
“Em 1998, o IPv6 finalmente foi padronizado na RFC 2460, mas hoje, 25 anos depois, a transição do IPv4 para o IPv6 ainda enfrenta desafios. Atualmente, cerca de 45% dos usuários da Internet globalmente adotam o IPv6. O nível de implantação varia bastante de um país para o outro, mas no Brasil, ele acompanha a média mundial. É preciso conscientizar empresas e instituições sobre a importância da adoção do IPv6 para o desenvolvimento saudável da Internet, investir em capacitação técnica, trocar equipamentos, entre outros pontos”, salienta Milton Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br.
Atualmente, ambas as tecnologias – IPv4 e IPv6 – estão em uso. O IPv4 não suporta mais o crescimento da rede, sendo preciso a adoção de uma técnica paliativa, o compartilhamento de endereços, para que continue com alguma expansão. O IPv6, por sua vez, que foi projetado de forma a não interoperar diretamente com seu antecessor, teve sua implantação gradativa – vem sendo utilizado lado a lado com a versão 4, até que esteja em 100% dos dispositivos.
O IPv6.br
Desde 2008, o NIC.br tem contribuído significativamente
para ampliar a implantação do IPv6 pelos provedores de Internet e
outras empresas no país. A entidade faz isso, principalmente, por
meio de ações de conscientização e capacitação. Todas essas
iniciativas têm sido viabilizadas por recursos advindos do
registro de domínios ‘.br’.
“Ao longo desses 15 anos de existência do IPv6.br, criamos o sítio, materiais didáticos, vídeos e um livro. Capacitamos milhares de alunos em treinamentos gratuitos, fizemos reuniões de conscientização com provedores de acesso e de conteúdos e serviços, ministramos palestras em centenas de eventos. Com isso, contribuímos para diminuir os custos e a dificuldade da implantação do IPv6 no Brasil. Esses esforços estão alinhados com o propósito do NIC.br de atuar no aprimoramento da infraestrutura e no fortalecimento da Internet no país”, destaca Kashiwakura.
Eduardo Barasal Morales, coordenador de projetos e responsável pelas ações de capacitação técnica do IPv6.br, explica que a versão 6 do protocolo já foi tema de vários cursos de boas práticas, em episódios do podcast Camada 8 e em lives e eventos realizados pelo NIC.br ao longo desses 15 anos. “O curso de educação a distância e todo o material complementar fornecem subsídios suficientes para que as empresas adotem o IPv6 em suas redes. Mesmo com toda a oferta de informação e treinamentos, ainda vemos gestores resistentes, e muitos técnicos que ainda precisam se capacitar. Por isso, a iniciativa é tão importante.”
IPv6.br em números
Sobre o Ceptro.br
O Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e
Operações do NIC.br – Ceptro.br (https://ceptro.br/)
tem por objetivo desenvolver projetos que visem a melhoria da
qualidade da Internet e disseminar o seu uso, com especial atenção
para seus aspectos técnicos e de infraestrutura. Para tanto faz
medições, análise e projetos para melhorar a qualidade da Internet
no Brasil, estimulando seu uso responsável e incentivando a adoção
de boas práticas operacionais e de tecnologias relevantes. As
ações em curso envolvem: o Portal Medições (https://medicoes.nic.br/),
que reúne soluções para verificação da qualidade da Internet para
consumidores, provedores e órgãos públicos, realizadas por meio do
Sistema de Medição de Tráfego (SIMET); a disponibilização de
servidores de tempo (NTP.br) que permitem a sincronização gratuita
e segura com a Hora Legal Brasileira; o compartilhamento de caches
de CDNs com o OpenCDN (https://opencdn.nic.br),
possibilitando uma distribuição mais estruturada do conteúdo na
Internet; cursos, eventos e outras atividades (https://ceptro.br/cursos-eventos),
contribuindo para a capacitação da comunidade técnica da Internet
e para a adoção de tecnologias importantes como IPv6 e RPKI;
criação e disseminação de conteúdo com o Cidadão na Rede (https://cidadaonarede.nic.br),
oferecendo orientações práticas para o melhor uso da Internet, no
formato de vídeos curtos; entre outras atividades.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR –
NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br
(https://nic.br/)
é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro,
encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição
de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O
NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da
Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos
arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza
eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem
benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem
parte: Registro.br (https://registro.br/),
CERT.br (https://cert.br/),
Ceptro.br (https://ceptro.br/),
Cetic.br (https://cetic.br/),
IX.br (https://ix.br/) e
Ceweb.br (https://ceweb.br/),
além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/)
e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/).
Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável
por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as
iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade
técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com
base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o
CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático,
elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade
são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas
formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da
Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003).
Mais informações em https://cgi.br/.
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