“Os boatos circulam na Internet há muito tempo e o CERT.br tem alertado para os cuidados e a prevenção desde o início, quando ainda eram conhecidos como hoaxes e circulavam majoritariamente por e-mail. A expansão do acesso à Internet, naturalmente, gerou maior alcance, e hoje informações falsas circulam também com rapidez por redes sociais e grupos de mensagens. A partir disso, notamos a necessidade de atualizar o conteúdo já publicado na Cartilha e expandi-lo, detalhando os problemas causados pelo compartilhamento de mensagens falsas, como identificá-las e combatê-las”, explica Cristine Hoepers, gerente do CERT.br, que reforça que o material é voltado para todos os usuários de Internet.
Além de hoax, o boato também é popularmente conhecido como “corrente” (quando pede para ser compartilhado com muitas pessoas) e fake news, geralmente associado a notícias que tentam se passar por reportagens jornalísticas verdadeiras e que possuem conteúdo falso, impreciso ou distorcido. “O Fascículo Boatos destaca que, mesmo suspeitando da notícia, infelizmente há quem prefira não se omitir e repassá-la, pois ‘vai que é verdade’ e ‘não custa nada compartilhar’. Na verdade, ‘custa sim’, pois quando o usuário de Internet repassa um boato está lhe dando valor e importância, influenciando outros a acreditarem, contribuindo para que ele circule e potencializando as consequências”, reforça Hoepers.
O Fascículo alerta, por exemplo, que quem repassa boatos pode ser responsabilizado pelos danos causados, como difamação e calúnia; passa vergonha, pois assume publicamente que foi enganado; e perde a credibilidade pois, se virar rotina, ninguém confiará no conteúdo que compartilha.
Como identificar um boato
Usar o bom senso; observar características e indícios (por exemplo, título bombástico, resumido e com destaques em maiúsculo); ficar atento aos detalhes; verificar a origem da notícia; além de confirmar com outras fontes são ações recomendadas pelo CERT.br para identificar um boato. O Fascículo também reforça a importância de se questionar, ou seja, fazer perguntas que podem ajudar a identificar notícias falsas.
O CERT.br destaca que uma das melhores formas de combater a desinformação é por meio da informação. Para isso, recomenda ser crítico e não confiar em qualquer notícia recebida, pois ela pode ter sido enviada de uma conta falsa ou invadida. Como as pessoas tendem a confiar no que conhecidos compartilham, o Fascículo traz dicas de como manter os equipamentos seguros e proteger as contas de e-mails e redes sociais, para que elas não sejam invadidas e usadas para a divulgação de boatos. Acesse todos os tópicos: https://cartilha.cert.br/fasciculos/boatos/fasciculo-boatos.pdf.
Cartilha de Segurança para Internet
Além das orientações para combater os Boatos, a Cartilha de Segurança para Internet do CERT.br mantém diversos Fascículos, com destaque para o material sobre Backup lançado em dezembro, e as atualizações dos Fascículos Redes Sociais e Códigos Maliciosos (que inclui recomendações para se proteger de ransomware). O CERT.br também é responsável pelos Guias Internet Segura para crianças e pais. Todos os materiais estão disponíveis gratuitamente para download sob licença Creative Commons. Acesse: https://cartilha.cert.br/
Sobre o CERT.br
O CERT.br é o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil. Desde 1997, o grupo é responsável por tratar incidentes de segurança envolvendo redes conectadas à Internet no Brasil. O Centro também desenvolve atividades de análise de tendências, treinamento e conscientização, com o objetivo de aumentar os níveis de segurança e de capacidade de tratamento de incidentes no Brasil. Mais informações em https://www.cert.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (https://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (http://www.cetic.br/), implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (http://ix.br/), viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (http://www.ceweb.br), e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/).
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios). Mais informações em http://www.cgi.br/.
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