Órgãos públicos aumentam presença on-line, mas interação com cidadãos em tempo real ainda tem que crescer no Brasil
São Paulo, 12 de maio de 2020 *Órgãos públicos aumentam presença on-line, mas interação com cidadãos em tempo real ainda tem que crescer no Brasil* /Pesquisa TIC Governo Eletrônico 2019, do Cetic.br, também investiga de forma inédita o uso de novas tecnologias como análise de big data / Os órgãos públicos federais e estaduais e as prefeituras brasileiras aumentaram sua presença na Internet por meio de /websites/ e redes sociais, mas ainda é reduzida a adoção de ferramentas /on-line/ para interação em tempo real com os cidadãos, como é o caso de /chats /ou /chatbots/. É o que aponta a quarta edição da pesquisa *TIC Governo Eletrônico* <https://cetic.br/pesquisa/governo-eletronico/indicadores>, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Em 2019, 85% dos órgãos públicos federais e estaduais e 82% das prefeituras tinham perfil em redes sociais. A presença /on-line/ por meio de /websites /atingiu 95%, tanto entre os órgãos públicos federais e estaduais, como prefeituras. De acordo com a pesquisa, menos de 10% dos /websites /de órgãos federais e estaduais disponibilizaram atendimento em tempo real, seja por atendentes (/chats, /6%), seja por meio de /chatbots /ou assistentes virtuais (7%). Entre aqueles órgãos com perfis em redes sociais/, /18% declararam possuir atendimento em tempo real e 9% /chatbots /ou assistentes virtuais em suas redes. Já entre as prefeituras, 13% disponibilizaram atendimento por meio de /chats /em seu sítio web e 16% nos perfis ou contas em redes sociais. “Hoje em dia, é fundamental que as organizações públicas estejam presentes na Internet. A adoção de plataformas e aplicações suportadas pela rede que permitem a interação com os cidadãos também facilita a busca de informações e o acesso à serviços públicos pela população. Com a pandemia COVID-19, por exemplo, as organizações públicas poderiam utilizar essas tecnologias para prover o acesso de forma remota a informações e serviços fundamentais para a sociedade”, analisa Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. A pesquisa aponta que houve um crescimento em relação a 2017 do número de prefeituras que disponibilizaram o serviço de solicitação de acesso à informação (de 62% para 71%) e ouvidoria /on-line/ (de 46% para 62%). O estudo também revela avanços na prestação de serviços eletrônicos entre as prefeituras com /website/, como emissão de nota fiscal eletrônica (de 51% para 69%), preenchimento ou envio de formulários via sítio na /web /(de 55% para 61%) e emissão de boletos de tributos ou outras guias de pagamentos (de 38% para 53%). Entre os serviços investigados pela pesquisa, ações como realizar agendamentos para consultas, atendimentos ou serviços (25%) ou fazer inscrição ou matrícula para concursos, cursos e escolas (40%) ainda são baixas. *Conexão via fibra óptica* Em 2019, a tecnologia de fibra óptica na conexão à Internet foi a mais citada tanto por órgãos públicos federais e estaduais (94%) quanto prefeituras (73%), com aumento constatado especialmente nos municípios com até 100 mil habitantes. A proporção de prefeituras com conexão via fibra óptica e com até 10 mil habitantes passou de 32% em 2017, para 63% em 2019. Já entre os municípios entre 10 mil e 100 mil habitantes o número subiu de 52% para 79%. A conexão por fibra óptica está mais presente nas prefeituras da região Sul (89%), seguida por Sudeste (77%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (58%) e Norte (54%). A pesquisa TIC Governo Eletrônico aponta ainda disparidades relacionadas ao tamanho da população: na região Norte, apenas 31% dos municípios com até 5 mil habitantes possuíam conexão via fibra óptica, enquanto a proporção é de 61% naqueles com mais de 20 mil até 50 mil habitantes. *Novas tecnologias* No que se refere a serviços baseados na adoção de novas tecnologias, o serviço mais utilizado pelos órgãos federais e estaduais com departamento de TI foi o /e-mail/ em nuvem (36%) – um crescimento de 11 pontos percentuais em relação a 2017. Houve maior adesão ao serviço entre órgãos do Poder Judiciário (de 15% em 2017, para 40% em 2019) e órgãos federais (de 19% em 2017, para 40% em 2019). No Brasil, 21% das prefeituras possuem centro de operações para monitoramento de situações como trânsito, segurança ou emergências. Entre aquelas com esse tipo de centro, 86% o utilizam para monitorar a segurança pública, 73% monitoram o trânsito, 71% o patrimônio ou prédios públicos; 54% para emergências ou desastres; e 43% para transporte público. Foram coletados também indicadores inéditos sobre análise de /big data/ entre os órgãos públicos federais e estaduais: cerca de 23% daqueles que possuem departamento ou área de TI fizeram esse tipo de análise. Entre eles, 41% utilizaram dados de geolocalização provenientes do uso de dispositivos portáteis como telefone móvel, conexão /wireless/ ou GPS; 41% utilizaram dados de plataformas como redes sociais, /blogs/ e /websites/ de compartilhamento de conteúdo multimídia; e 33% fizeram uso de dados de dispositivos inteligentes ou sensores como trocas de dados entre máquinas, sensores digitais ou etiquetas de identificação por radiofrequência. Três a cada quatro órgãos federais e estaduais que realizaram análise de /big data/ nos últimos 12 meses declararam ainda que utilizaram outras fontes de dados. “Práticas emergentes no setor público, como o uso de /big data/, inteligência artificial, computação em nuvem e Internet das Coisas, têm potencial de gerar maior agilidade dos processos e eficiência no atendimento ao cidadão e na análise de dados para a tomada de decisão. Isso é ainda mais relevante nos momentos de gestão de crises e emergências, em que a centralização das informações e a rápida resposta são vitais para mitigar maiores prejuízos sociais”, explica Barbosa. *Sobre a pesquisa* Realizada entre julho e dezembro de 2019, a TIC Governo Eletrônico investiga o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) em dois perfis de organizações: órgãos públicos federais e estaduais de todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público), e também nas prefeituras (Executivo Municipal). Em 2019 a pesquisa passou a abordar a totalidade das prefeituras (censo), o que permite a divulgação dos dados por agrupamentos inéditos para a pesquisa, incluindo os resultados por Unidades da Federação (UF). No total, foram entrevistados 665 órgãos federais e estaduais e 5.114 prefeituras. Para acessar os indicadores completos da TIC Governo Eletrônico 2019 visite o endereço *https://cetic.br/pesquisa/governo-eletronico/indicadores*. Além de baixar os dados em português, agora também é possível fazer o /download/ das tabelas de proporções, totais e margens de erro da pesquisa em inglês e espanhol. Compare a evolução dos indicadores a partir da visualização de dados em *http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_EGOV*. *Sobre o Cetic.br *O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br é um Centro Regional de Estudos, sob os auspícios da UNESCO. Mais informações em *http://www.cetic.br/*. *Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br *O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (*https://www.nic.br/*) é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (*https://www.registro.br/*), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (*https://www.cert.br/*), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (*https://www.ceptro.br/*), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (*https://www.cetic.br/*), implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (*https://ix.br/*), viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (*https://www.ceweb.br* <https://www.ceweb.br/>), e abrigar o escritório do W3C no Brasil (*https://www.w3c.br/*). *Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br *O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (*https://www.cgi.br/principios*). Mais informações em *https://www.cgi.br/*. *Flickr: **http://www.flickr.com/NICbr/ Twitter: **http://www.twitter.com/comuNICbr/ YouTube: **http://www.youtube.com/nicbrvideos Facebook: **www.facebook.com/nic.br <http://www.facebook.com/nic.br> Telegram: **www.telegram.me/nicbr* <http://www.telegram.me/nicbr> *LinkedIn:* ** <https://www.linkedin.com/company/nic-br/>*https://www.linkedin.com/company/nic-br/ **Instagram: **https://www.instagram.com/nicbr* Os releases e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos inscritos na lista ***anuncios@nic.br ***sempre que publicados em nossos sítios. 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