TIC Kids Online Brasil: qualidade da conexão e dos dispositivos afetam a participação de crianças e adolescentes na Internet
*São Paulo, 3 de maio de 2023.* *TIC Kids Online Brasil: qualidade da conexão e dos dispositivos afetam a participação de crianças e adolescentes na Internet*/ Pesquisa do CGI.br traz dados inéditos sobre as habilidades digitais e estratégias de proteção à privacidade no uso da rede / A qualidade da conexão e a disponibilidade de dispositivos adequados para o acesso à Internet pode limitar a participação de crianças e adolescentes no ambiente digital. Lançada, nesta quarta-feira (3), pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a pesquisa *TIC Kids Online Brasil 2022* <https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/indicadores/> apresenta tendências quanto ao acesso e o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) por crianças e adolescentes. Conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa, que produz indicadores sobre oportunidades e riscos relacionados à participação /online/ da população brasileira de 9 a 17 anos, mostrou que a baixa velocidade e a falta de créditos no celular são condições percebidas com frequência por parte dos entrevistados para o uso da Internet. Entre as crianças e adolescentes usuários de Internet, 39% daqueles pertencentes às classes DE, 30% da C e 18% das AB reportaram que “sempre ou quase sempre” sentem a velocidade da conexão ficar ruim. Já 22% disseram que “sempre ou quase sempre” ficam sem Internet porque os créditos do celular acabaram. A proporção foi 15% para usuários das classes AB, de 19% para os entrevistados da classe C, e de 28% para os das classes DE. Além disso, 25% dos usuários das classes DE alegaram ter deixado de fazer alguma atividade /online/ com medo de os créditos terminarem. A pesquisa mostrou ainda que 11% do total de crianças e adolescentes que são usuárias de Internet reportaram ter ficado sem celular ou computador para acesso à rede “sempre ou quase sempre”. Ao fazer o recorte desse indicador por classe social, os resultados foram: 14% para a DE, 12% para a C e 3% para as AB. "A questão central não é apenas ter acesso à Internet ou não, mas que crianças e adolescentes brasileiros tenham condições de acesso apropriadas para uma conectividade significativa, que lhes permita desenvolverem habilidades digitais e se beneficiarem da participação /online/. O limite no acesso pode restringir direitos fundamentais dessa população na sociedade da informação”, analisa o gerente do Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa. Em relação ao bem-estar /online/ de crianças e adolescentes, 19% da população de 9 a 17 anos reportaram que “sempre ou quase sempre” ficam chateados ou incomodados com coisas que acontecem na Internet. As proporções foram maiores para usuários de 15 a 17 anos (22%), comparados aos de 11 a 12 anos (14%). *Atividades e dispositivos* Dos cerca de 24 milhões (92%) de crianças e adolescentes brasileiros de 9 a 17 anos usuários de Internet, 86% reportaram possuir perfil em redes sociais (o que representa aproximadamente 21 milhões). A participação em redes sociais ocorre em altas proporções em todas as faixas etárias, atingindo quase a totalidade dos usuários de Internet de 15 a 17 anos (96%). Ouvir música (87%) e assistir a vídeos, programas, filmes ou séries (82%) figuram entre as práticas /online/ mais realizadas por esse público – atividades multimídias amplamente presentes nas plataformas digitais. O estudo revelou ainda que 79% enviaram mensagens instantâneas e 58% jogaram conectados com outros jogadores. A pesquisa ainda indica que 34% dos entrevistados de 9 a 17 anos procuraram informações sobre saúde na Internet nos 12 meses anteriores à realização do estudo. Além disso, 39% dos usuários de 9 a 17 anos afirmam que a Internet os ajudou a lidar melhor com um problema de saúde. Em relação aos dispositivos usados para se conectar à Internet, o telefone celular foi o mais utilizado por crianças e adolescentes (96%), sendo que foi o único dispositivo utilizado por 56% dos usuários. O acesso à rede pelos usuários de 9 a 17 anos via computadores foi de 43%, porcentagem menor do que os que se conectaram pela televisão (63%). O acesso à Internet pela televisão foi maior nas classes AB (91%) – as proporções para as classes C e DE foram de 70% e de 41%, respectivamente. *Habilidades digitais* A TIC Kids Online Brasil 2022 também investigou a percepção de crianças e adolescentes sobre suas habilidades digitais. Em geral, os usuários de Internet de 11 a 17 anos se mostram confiantes quanto a habilidades consideradas operacionais – como baixar aplicativos (94%), e se conectar a uma rede Wi-Fi (90%). Quando a pergunta foi se sabiam como verificar o valor gasto em um app, a porcentagem foi reportada pela menor parte dos entrevistados (46%). Entre as habilidades informacionais, a proporção dos usuários de 11 a 17 anos que relataram saber escolher que palavras usar para encontrar algo na Internet foi de 77%. O percentual daqueles que reportaram que sabiam verificar se uma informação encontrada na rede estava correta foi menor (57%), assim como dos que afirmaram saber checar se um site era confiável (62%). Na edição de 2022, o estudo traz indicadores inéditos sobre o conhecimento de crianças e adolescentes sobre o funcionamento das plataformas digitais. Aproximadamente metade (51%) dos entrevistados de 11 a 17 anos concordou que todos encontram as mesmas informações quando pesquisam coisas na Internet, enquanto para 43% deles o primeiro resultado da pesquisa é sempre a melhor fonte de informação. Ainda conforme o levantamento, 60% nessa faixa etária concordaram que curtir ou compartilhar uma publicação pode ter um impacto negativo em outras pessoas, enquanto metade dos entrevistados dessa faixa etária concordaram que a primeira publicação vista nas redes sociais é a última que foi postada por um de seus contatos. Já 74% concordaram que empresas pagam pessoas para usar seus produtos nos vídeos e conteúdos publicados na rede, e 61% que usar /hashtags/ aumenta a visibilidade de publicações. "Nesta edição, houve maior detalhamento na coleta de indicadores sobre as habilidades digitais, que são fundamentais para compreender a participação de crianças e adolescentes no ambiente /online/. De modo geral, a pesquisa indica uma maior prevalência de habilidades operacionais em comparação às habilidades informacionais, que são aquelas que possibilitam maior resiliência dos usuários frente ao fenômeno da desinformação”, destaca Barbosa. *Privacidade* Em 2022, a pesquisa TIC Kids Online Brasil passou a investigar a percepção dos entrevistados sobre atitudes e estratégias para a proteção de sua privacidade no uso da rede. De acordo com a pesquisa, 79% dos usuários de Internet de 11 a 17 anos concordaram que são cuidadosos com informações pessoais que postam, e 73% com os convites de amizade que aceitam na Internet. Nessa mesma faixa etária, 77% declararam que só utilizam aplicativos ou /sites/ em que confiam, e 76% que são cuidadosos com os /links/ de vídeos em que clicam. Um percentual menor de entrevistados reportou que fornecem apenas o mínimo de informações pessoais possível ao se registrarem /online/ (58%), e que leem os termos de privacidade de aplicativos ou sítios /web/ que usam (55%). Quanto às estratégias adotadas para proteger a sua privacidade, mais da metade dos usuários de 11 a 17 anos reportou ter bloqueado mensagens de alguém com quem não queriam conversar (63%); ter usado de senhas seguras (58%) e alterado as configurações de privacidade para que menos pessoas pudessem ver o seu perfil (52%). Em menores proporções, indivíduos da mesma faixa etária afirmaram já terem excluído os seus registros de históricos de busca (38%) e escolhido usar aba anônima ou privada em um navegador da Web (18%). "A TIC Kids Online Brasil cumpre um importante papel ao gerar evidências sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes no país, incluindo a percepção delas sobre temas como a privacidade no uso da rede, tão relevante neste momento", ressalta Renata Mielli, coordenadora do CGI.br. *Sobre a pesquisa* A 9ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil entrevistou presencialmente 2.604 crianças e adolescentes com idades entre 9 e 17 anos, assim como seus pais ou responsáveis, em todo o território nacional. As entrevistas aconteceram entre junho de 2022 a outubro de 2022. A TIC Kids Online Brasil está alinhada com o referencial metodológico do projeto Global Kids Online, coordenado pelo Unicef e com a rede Kids Online América Latina. A lista completa de indicadores pode ser conferida em *https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/indicadores/*. Já para rever o painel de lançamento da pesquisa, acesse *https://www.youtube.com/watch?v=lxs-WH392Zw* <https://www.youtube.com/watch?v=lxs-WH392Zw>. O Cetic.br disponibiliza, ainda, os microdados da 9ª edição do estudo para /download/, além das tabelas completas de proporções, totais e respectivas margens de erro em: *https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/microdados/*. *Sobre o Cetic.br* O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos sob os auspícios da UNESCO, e completou 17 anos de atuação em 2022. Mais informações em *https://cetic.br/*. *Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br* O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br (*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br (*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/* <https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/* <https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como Internetsegura.br (*https://internetsegura.br* <https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>). *Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br* O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003* <https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em *https://cgi.br/* <https://cgi.br/>. *Flickr: https://flickr.com/NICbr/** Twitter: https://twitter.com/comuNICbr/ YouTube: https://youtube.com/nicbrvideos* *Facebook: https://facebook.com/nic.br* *Telegram: https://telegram.me/nicbr* *LinkedIn: https://linkedin.com/company/nic-br/* *Instagram: **https://instagram.com/nicbr/ * Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos inscritos na lista *anuncios@nic.br* sempre que publicados em nossos sítios. Caso não queira mais recebê-los, siga as instruções disponíveis *aqui <https://mail.nic.br/mailman/listinfo/anuncios>*. ** **
*São Paulo, 16 de maio de 2023.* *92 milhões de brasileiros acessam a Internet apenas pelo telefone celular, aponta TIC Domicílios 2022*/ Lançada nesta terça-feira (16) pelo CGI.br, a pesquisa mostrou que 142 milhões fizeram uso diário ou quase diário da rede no país e 67 milhões compraram online / A maior parte dos usuários de Internet brasileiros (62%) acessa a rede exclusivamente pelo celular, realidade de mais de 92 milhões de indivíduos. A conclusão é da *TIC Domicílios 2022 <https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/>*, lançada nesta terça-feira (16) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A nova edição da pesquisa, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), revela que o uso da Internet apenas pelo telefone celular predomina entre as mulheres (64%), entre pretos (63%) e pardos (67%), e entre aqueles pertencentes às classes DE (84%). O levantamento investigou pela primeira vez quais as habilidades digitais dos usuários de Internet, independentemente do dispositivo utilizado para acesso à rede. Mais da metade (51%) disse ter buscado verificar se uma informação que encontrou no ambiente /online/ era verdadeira. A porcentagem caiu quando a pergunta foi direcionada aos que acessavam a rede somente pelo celular (37%), e ela foi maior entre os que se conectavam por múltiplos dispositivos – tanto pelo computador quanto por celular (74%). Situação semelhante ocorreu quando os entrevistados foram indagados se adotaram medidas de segurança, como senhas fortes ou verificação em duas etapas, para proteger dispositivos e contas: apenas 33% dos que acessam a rede exclusivamente pelo celular adotaram essas medidas, enquanto entre os usuários que acessam por múltiplos dispositivos a proporção foi de 69%. A pesquisa também investiga a alteração das configurações de privacidade em dispositivos, contas ou aplicativos para limitar o compartilhamento de dados pessoais (citada por 23% dos que usam apenas o telefone celular, e por 57% dos usuários de múltiplos dispositivos) e a criação de programas de computador ou aplicativos de celular usando linguagem de programação (3% e 7%, respectivamente). "Nessa edição, o indicador de habilidades digitais foi aplicado para o conjunto dos usuários de Internet no país. Os dados indicam que aqueles que acessam a rede pelo computador reportam essas habilidades em maiores proporções do que os que utilizam unicamente o celular. Uma conectividade significativa – que permita que os usuários obtenham um melhor proveito da Internet – não depende apenas de uma boa conexão à rede, mas também da qualidade dos dispositivos”, enfatiza Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br. Enquanto a conexão via computador se manteve estável (38%) em relação à edição anterior do estudo, o uso da televisão para acessar à Internet segue com viés de alta, passando de 50% para 55% entre 2021 e 2022. Os aparelhos de televisão continuam como o segundo dispositivo mais utilizado para acessar a rede no país, atrás apenas do celular (99%). *Desafios de conectividade* Dos 149 milhões de usuários de Internet no território nacional, 142 milhões se conectam todos, ou quase todos os dias – com prevalência nas classes A (93%) e B (91%) e em menores proporções nas C (81%) e DE (60%). No outro extremo, 36 milhões de brasileiros não são usuários da rede. Esse grupo é maior entre habitantes de áreas urbanas (29 milhões); com grau de instrução até o Ensino Fundamental (29 milhões); pretos e pardos (21 milhões); das classes DE (19 milhões); e com 60 anos ou mais (18 milhões). Entre os principais motivos apontados por aqueles que nunca acessaram a Internet, a falta de interesse (35%) e a falta de habilidade com computador (26%) foram os mais citados. Ao considerar somente a classe A, a “falta de interesse” salta para 90%. Já a “falta de habilidade” aumenta quando o recorte é feito na faixa etária de 35 a 44 anos, passando para 45%. “A pesquisa aponta que houve um avanço relevante no uso da rede no primeiro ano da pandemia COVID-19, mas o indicador voltou a se estabilizar em 2022. O Brasil ainda tem um caminho importante a percorrer na universalização do acesso, adotando estratégias específicas para a inclusão digital das populações mais vulneráveis”, avalia Barbosa. *Acesso nos domicílios* A presença de Internet nos domicílios também ficou estável entre 2021 e 2022, alcançando 60 milhões de lares brasileiros, o que corresponde a 80% do total de domicílios no país. Verificou-se estabilidade na presença de conexão nas residências das áreas urbanas (82%) e rurais (68%) e em todos os estratos sociais analisados: classe A (100% dos domicílios conectados), B (97%), C (87%) e DE (60%). Cabo ou fibra óptica segue como o principal tipo de conexão no Brasil, presente em 38 milhões dos domicílios, sobretudo, naqueles da região sul, onde 72% dos lares adotam essa tecnologia. Por outro lado, a região Norte possui a maior proporção de domicílios cuja principal conexão é pela rede móvel 3G ou 4G (27%). Entre os domicílios conectados, 16% compartilham a conexão com o domicílio vizinho. Essa situação é mais comum nas áreas rurais (27%), no Norte (21%) e no Nordeste (22%) do Brasil e nas classes C (16%) e DE (25%). “Observamos que um maior compartilhamento da conexão ocorre entre os estratos onde também é maior a proporção de domicílios sem acesso à Internet, indicando a existência de barreiras à conectividade”, analisa Fabio Storino, coordenador da pesquisa. Já no caso dos domicílios sem acesso à rede, o preço do serviço, a exemplo do verificado ao longo da série histórica da pesquisa, foi apontado pelos entrevistados como principal motivo (28%) para a não conexão, seguido pela falta de habilidade (26%) e falta de interesse (16%). *Comércio eletrônico* A atual edição da TIC Domicílios divulgou também os resultados do módulo de comércio eletrônico, que havia sido aplicado pela última vez na pesquisa de 2018. O estudo mostrou que 67 milhões de usuários de Internet compraram /online /produtos e serviços em 2022. A atividade se manteve em alta, mesmo após o fim das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia. “Com a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus e o consequente isolamento social, houve um incremento da proporção de pessoas que compram /online/, proporção essa que se manteve em 2022. Observou-se também uma ampliação dos tipos de produtos comprados pela Internet, revelando uma mudança no perfil do comércio eletrônico do país nos últimos anos”, afirma Storino. Na comparação com 2018, a categoria de roupas, calçados e materiais esportivos destacou-se em compras /online/, sendo citada por 64% dos que adquiriram pela Internet em 2022, proporção que era de 49% em 2018. Na sequência, aparecem produtos para a casa e eletrodomésticos (de 45% para 54%) e comidas e produtos alimentícios (avanço de 21% para 44%). Em relação aos serviços realizados /online/, os que mais cresceram no período foram: pedir táxi ou motoristas em aplicativos (de 32% para 40%); pagar por filmes ou séries na Internet (de 28% para 38%); e fazer pedidos de refeições em /sites/ ou aplicativos (de 12% para 33%). A forma de pagamento mais usada nas compras no ambiente digital em 2022 foi o cartão de crédito (73%). O Pix, lançado no final de 2020 e medido pela primeira vez pela pesquisa, ficou em segundo lugar (66%). “Apesar de ser um meio de pagamento mais novo, o Pix foi usado por 44 milhões de brasileiros nas compras /online/, incluindo 23 milhões da classe C e 5 milhões das classes DE”, comenta Storino. *Atividades /online/* Mais da metade (51%) dos entrevistados fez consultas, pagamentos ou outras transações financeiras na Internet em 2022, um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior (46%), ocorrido sobretudo entre os usuários das classes C (de 45% para 51%) e DE (de 21% para 26%). Usuários das classes A (90%) e B (73%) seguem realizando essa atividade em maiores proporções. Em relação as atividades multimídia, assistir a vídeos, programas, filmes ou séries /online/ foi a mais prevalente (80% em 2022 contra 73% em 2021). Em todas as atividades multimídia investigadas, observou-se uma maior proporção de realização entre usuários homens do que entre mulheres, sendo as maiores diferenças relativas a jogar /online/ (realizado por 45% dos homens e por 30% das mulheres) e a escutar podcast (38% e 25%, respectivamente). Já a proporção dos que postaram na Internet conteúdos de sua autoria (textos, imagens ou vídeos) saltou de 31% (2021) para 43% (2022). “Assistimos em 2022 a uma explosão de postagens curtas e rápidas, facilitadas por aplicativos de redes sociais e mensagens instantâneas e estimuladas pela retomada das atividades presenciais”, explica Storino. "A produção de dados realizada pelo Cetic.br é fundamental, pois permite entender as nuances de uso da Internet no país e guiar a produção de políticas públicas em várias áreas, não só as que buscam ampliar o acesso, mas também as que contribuam com a conectividade significativa e o desenvolvimento de habilidades digitais", destaca Renata Mielli, coordenadora do CGI.br. *Sobre a pesquisa* Realizada anualmente desde 2005, a TIC Domicílios tem o objetivo de mapear o acesso às tecnologias da informação e comunicação nos domicílios urbanos e rurais do país e as suas formas de uso por indivíduos de 10 anos de idade ou mais. Na atual edição, a coleta de dados aconteceu de junho a outubro de 2022 (período antecipado em relação a 2021, quando a coleta ocorreu de outubro daquele ano a março de 2022), e incluiu 23.292 domicílios e 20.688 indivíduos. Para conferir a lista completa de indicadores, acesse: *https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/*. O lançamento online está disponível na íntegra em *https://www.youtube.com/watch?v=fgbzKg3VQ2M*. O Cetic.br disponibiliza, ainda, os microdados do estudo para /download/, além das tabelas completas de proporções, totais e respectivas margens de erro em: *https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/microdados/* <https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/microdados/>. *Sobre o Cetic.br* O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos sob os auspícios da UNESCO, e completou 17 anos de atuação em 2022. Mais informações em *https://cetic.br/*. *Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br* O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (*https://nic.br/* <https://nic.br/>) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br (*https://registro.br* <https://registro.br/>), CERT.br (*https://cert.br/* <https://cert.br/>), Ceptro.br (*https://ceptro.br/* <https://ceptro.br/>), Cetic.br (*https://cetic.br/* <https://cetic.br/>), IX.br (*https://ix.br/* <https://ix.br/>) e Ceweb.br (*https://ceweb.br* <https://ceweb.br/>), além de projetos como Internetsegura.br (*https://internetsegura.br* <https://internetsegura.br/>) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (*https://bcp.nic.br/* <https://bcp.nic.br/>). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (*https://w3c.br/* <https://w3c.br/>). *Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br* O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (*https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003* <https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003>). Mais informações em *https://cgi.br/* <https://cgi.br/>. *Flickr: https://flickr.com/NICbr/** Twitter: https://twitter.com/comuNICbr/ YouTube: https://youtube.com/nicbrvideos* *Facebook: https://facebook.com/nic.br* *Telegram: https://telegram.me/nicbr* *LinkedIn: https://linkedin.com/company/nic-br/* *Instagram: **https://instagram.com/nicbr/ * Os releases, notas e comunicados do NIC.br e CGI.br são enviados aos inscritos na lista *anuncios@nic.br* sempre que publicados em nossos sítios. 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