Caroline Burle Analista de Projetos W3C Escritório Brasil Iniciativa CGI.br/NIC.br +55 11 5509-3537 http://www.w3c.br Web para todos, em qualquer dispositivo, em qualquer lugar, segura e confiável!
Grupo de Trabalho Dados Abertos:
Governo e Sociedade
Relatório
Completo
World
Wide
Web Consortium (W3C)
Escritório
Brasil
São
Paulo, 06 de março
de 2012
Conteúdo
4.
Definição das Prioridades para 2012
4.1
Propósitos e divisão dos subgrupos
4.3
Planilha de Objetivos e Diretrizes para 2012
5.
Estratégias para participação na parceria
Open
Government
Partnership (OGP)
Nas
dependências do Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) ocorreu a 4ª reunião do
Grupo de Trabalho
Dados Abertos (GT Dados Abertos) no dia 06 de março de 2012 com
o objetivo de definir
as estratégias e ação deste grupo para o ano de 2012.
A
oficina teve a presença de
cerca de trinta pessoas, entre representantes de entidades da
sociedade civil e
de órgãos do governo federal e dos governos dos Estados e
Municípios de São
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além de especialistas
em dados
abertos governamentais e pesquisadores dos Estados de São Paulo
e Santa
Catarina.
Os objetivos da
reunião
foram:
·
Planejar as estratégias e ações para viabilizar a
publicação de um
conjunto significativo de dados governamentais em formato aberto
até o fim de
2012.
·
Articular a participação das entidades do GT Dados Abertos
na Conferência
de Transparência e Controle Social (Consocial) e na parceria Open Government Partnership
(OGP).
Os
objetivos foram atingidos e a reunião
resultou, como proposto, em uma planilha de prioridades do GT
Dados Abertos
para 2012 nos e Estados, Municípios e Governo Federal com a definição de
estratégias ações e
encaminhamentos, responsáveis e prazos. A reunião também
produziu estratégias e
ações para a participação do grupo na Consocial e na parceria
Open Government
Partnership (OGP).
A
oficina foi coordenada por Vagner Diniz,
Gerente do Escritório Brasil do W3C, e teve apoio da equipe do
W3C e do
CGI.br. O moderador foi
José Carlos Vaz,
da EACH-USP, auxiliado na relatoria por Manuella Maia Ribeiro,
Ricardo Matheus
e Stephanie Shahini, pesquisadores da temática.
|
08h |
Welcome coffee |
|
12h30 |
Almoço |
|
9h |
Abertura Brevíssimo histórico do GT de
Dados Abertos. Apresentação dos objetivos da
reunião. |
|
13h30 |
Estratégias e ações para
temas prioritários (continuação) Plenária: grupos apresentam o
que discutiram em debate aberto |
|
9h30 |
Apresentação do quadro de
prioridades de dados abertos |
|
14h30 |
Estratégias para participação
na Open Government Partnership (OGP) Analisar a programação. Identificar oportunidades de
intervenção. Discutir a problematização
dos indicadores. |
|
10h |
Objetivos e diretrizes gerais
para atuação do GT de Dados Abertos em 2012 Discussão aberta a partir do
quadro de prioridades: Quais devem ser os nossos
objetivos gerais em 2012? Como devemos agir para
atingir esses objetivos? |
|
15h15 |
Estratégias de participação
na Consocial Apresentação e discussão da
proposta para realizar a Conferência Livre. Outras estratégias. |
|
10h45 |
Intervalo com café |
|
16h00 |
Encaminhamentos e avaliação |
|
11h |
Estratégias e ações para
temas prioritários Grupos por tema ou conjunto
de temas. Atualização das ações já
empreendidas, novas informações, etc. Proposta de objetivos e ações
para 2012: nova versão do quadro de prioridades. |
|
16h30 |
Encerramento com café |
As
palavras de abertura e boas
vindas do evento foram apresentadas por Hartmut
Glaser, Diretor Executivo do Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br), que
destacou a criação do CGI.br em 1995 por meio de uma portaria
interministerial
para que este coordenasse todas as atividades e iniciativas da
Internet no Brasil.
Entre os temas já trabalhados pelo
Comitê, estão os Dados
Abertos Governamentais
, em que o Consórcio World Wide Web (W3C) foi convidado a instalar seu
escritório no
Brasil nas dependências do CGI.br
por
trabalhar com acessibilidade à dados, entre outros temas, que
devem ser
reconhecidos, entre outros, pelos próprios governos. Além disso,
foi ressaltada
a parceria do Brasil com programas internacionais de dados
abertos e outras
parcerias com governos nacionais e subnacionais, sendo um dos
líderes mundiais
na discussão sobre esta temática.
Vagner
Diniz, Gerente do Escritório
Brasil do W3C, apresentou o
histórico do Consórcio e do GT Dados Abertos. O W3C surgiu
dentro de um marco
em que vários atores se inserem na temática de Dados Abertos
Governamentais .
Entre estes atores, foram citados: a) os guardadores de dados,
composto
pelos governos; e, b) os usuário interessados,
que
envolvem desde organizações da sociedade civil até o cidadão. No
meio do
caminho entre estes dois tipos, existem outros atores que a
ajudam a realizar a
ponte entre eles como, por exemplo, produtores de tecnologia que
promovam a
facilidade da publicação dos dados e profissionais técnicos que
desenvolvem e
disponibilizam esses dados através de aplicações.
Portanto,
tanto os guardiões
dos dados quanto os dados são muitos. Além disso, na outra
ponta, a demanda da
sociedade por informação pública também é imensa. O GT Dados
abertos nasceu
para colocar estes atores em volta de uma mesma mesa com o
objetivo de
priorizar os dados de maior interesse da sociedade e aqueles
possíveis de serem
atendidos, pois nem todos os dados podem ser disponibilizados
imediatamente ou
até mesmo no longo prazo. Outra
característica
do GT é a escolha de dados por meio de prioridades definidas em
comum acordo entre seus membros.
O GT
Dados Abertos se reuniu
três vezes em 2011. O GT não representa toda a sociedade e nem
todas as
demandas desta bem como também não representa todos os órgãos
dos governos e
seus respectivos conjuntos de dados. Mesmo com estas limitações,
o GT avançou
na construção de uma matriz com dados de interesse comum em
2011, que foi
denominada tabela de prioridades[1].
Como
objetivo da 4ª reunião
deste grupo, Vagner Diniz ressaltou o avanço nos trabalhos
destes dados para
que até o final do ano de 2012 haja um conjunto de dados. Além
disso, foi
relembrado que os dados abertos não se referem somente aos dados
governamentais, mas também envolvem outros que também poderiam
ser objeto de preocupação
deste GT. Por exemplo, os dados da área acadêmica que são um dos
itens
prioritários no quadro do GT.
Durante
a apresentação dos
participantes[2]
desta reunião do GT foram feitas alguns comentários e indagações
por estes que
estão resumidos abaixo:
Ø José
Police
Neto, Presidente da Câmara de Vereadores do Município de São
Paulo:
sugeriu tratar da temática com o Parlamento Metropolitano que
envolve 38
Câmaras legislativas, pois uma das suas reuniões já tratou sobre
o acesso à
informação pública.
Ø Jorge
Machado,
GPOPAI-USP:
sugeriu que todos os participantes do GT
fizessem um compromisso de abrir seus dados bem como a adição no
calendário do
grupo da data em que os efeitos da lei de acesso à informação
pública passam a
valer.
Ø Nitai
Silva,
do Ministério do Planejamento/SLTI: ressaltou
o
Grupo de Trabalho de Ontologias realizado no governo que possui
objetivo
semelhante ao de dados abertos, envolvendo vários grupos do
governo, sociedade
civil, universidades, entre outros.
Ø Everton
Zanella,
Open Knowledge Foundation (OKF):
apresentou o Grupo de
Trabalho Jornalismo de Dados que será retomado em abril pela
fundação em que
trabalha. Apontou que não basta abrir os dados, mas também se
deve pensar o que
serão feitos com eles.
Ø Wilma
Madeira,
Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês:
questionou
o porquê de não haver dados de saúde entre as áreas prioritárias
do GT. Ao
mesmo tempo, crê não ser difícil entender o motivo, pois considera
que é difícil as pessoas se envolverem em questões mais
amplas. Ela
relatou, contudo, que existem pessoas preocupadas e que se
especializam na
área. A área de comunicação da Associação Brasileira de
Pós-Graduação em Saúde
Coletiva se preocupa em democratizar os dados na área de saúde,
tendo a
tecnologia da informação e a abertura de dados como meta deste
grupo. Ela
também já fez algumas aproximações com o Ministério da Saúde e a
Prefeitura de
São Paulo para participarem do GT Dados Abertos. A questão que
ela faz ao GT é
a seguinte: como incluímos os dados de saúde neste conjunto de
prioridades?
Ø Vagner
Diniz,
W3C: em resposta
a Wilma Madeira, declarou que o
quadro de prioridades representa os grupos que estavam presentes
nas reuniões
passadas do GT, portanto, foram os temas possíveis de serem
prioritários
naquele momento. Este quadro de prioridades, contudo, não é
fechado e nem deve
ser porque há mudanças no contexto político e na demanda de
dados que também
acabam se alterando. Além disso, novos participantes entram no
GT e o quadro de
prioridade pode incorporar novos temas, ou seja, nada impede que
os dados de
saúde sejam incluídos.
Após
essas indagações, o
moderador José Carlos Vaz apresentou o quadro de
prioridades definidos no
ano anterior para apresentar o acúmulo do GT Dados Abertos até
aquele momento.
Os temas considerados prioritários até o presente momento eram:
o
Nível
1
de Prioridade: 1)
Desempenho Escolar; 2) Meio Ambiente; 3)
Segurança Pública; 4) Produção Científica; e, 5) Serviços
Regulados;
o
Nível
2
de Prioridade: 1)
Convênios; 2) Despesas do Legislativo; 3)
Concessão de Rádio e TV; 4) Grandes Eventos; e, 5) Compras
Governamentais;
Finalmente,
foi ressaltado o impacto do
contexto político na escolha e definição das prioridades como,
por exemplo, os
dados de Vulnerabilidade Geográfica. Mesmo
sem nenhum governo presente no GT que tivesse tais dados, o
grupo a colocou
como prioridade, devido aos desastres na região serrana do Rio
Janeiro que ocorreram
pouco antes de uma das reuniões do GT. Alguns temas de
prioridade 2 também
sofreram mudanças para a prioridade 1, devido ao contexto
político.
3.
Objetivos
e
diretrizes gerais para atuação do GT Dados Abertos em 2012
Na
primeira parte da
reunião, os participantes foram indagados sobre os que eles
entendem por
objetivos, estratégias e ações do GT Dados Abertos para o ano de
2012 a partir
de duas questões:
1.
Quais
devem ser nossos objetivos gerais em
2012?
2.
Como
devemos agir para atingir estes
objetivos?
As
respostas a estas questões
pelos participantes do GT estão resumidas abaixo:
o
Representantes
da Sociedade Civil e
Entidades
Ø Everton
Zanella,
Open Knowledge Foundation (OKF):
entende que deve ser
traçado um plano de metas com prazos e comprometimento de
grupos específicos para
cada uma das metas propostas. Reforça a importância
da aprovação da lei
de acesso à informação pública.
Ø Wilma
Madeira,
Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês:
sugeriu que, além da preocupação em abrir os dados, também tem que haver
uma preocupação de
como a sociedade organizada pode trabalhar com os dados
abertos,
inclusiva na questão da bioética.
Ø Alex
Piaz,
Instituto Socioambiental (ISA): o
principal objetivo do
GT em 2012 deveria ser terminar o ano com um conjunto de dados
abertos
estruturados, ou seja, um catálogo de dados
abertos conseguidos
pelo GT. Portanto, conseguir que fosse
disponibilizado um conjunto de
dados em formato aberto. Sugeriu também que talvez, deva haver
uma diminuição
do número de dados a serem pedidos.
Ø Vagner
Diniz,
W3C: declarou que
é necessário chegar a um consenso
sobre o conjunto de dados que os participantes do GT querem.
Ressaltou também
que esse é não é um grupo de pressão, mas um grupo de consenso
focado na
decisão de um conjunto de dados que serão abertos. O grupo deve
pretender esse
conjunto focado de dados em formato aberto.
Concordando com Pedro
Markun (Comunidade Transparência Hacker) e Otávio Neves (CGU),
entendem que deve
haver clareza sobre as demandas a serem feitas aos órgãos
públicos. Foi
citada a necessidade de precisão na demanda para que se tenham
mais chances de
conseguir como resultado a efetiva abertura de dados. Além
disso, Diniz também
acredita que deve haver um compromisso de reutilização desses
dados para
estes poderem ter os efeitos de demonstração e popularização.
Ø Pedro
Markun,
Comunidade Thacker: o objetivo para 2012 deve
ser entregar algo
produzido. Para ele, a
função deste grupo não é de
pressão, concordando com o entendimento de Vagner Diniz. O GT deveria focar muito na qualidade e não na
quantidade de dados
conseguidos. Se o grupo conseguisse um conjunto de
dados de apenas um
órgão que participe do GT e terminasse o ano com linked data e dados semânticos, já seria ótimo.
Com isso, o GT já
teria um processo de aprendizagem de como se faz esse conjunto
de dados. Também
discorda da metodologia de priorização através de pontuação com
“bolinhas”,
pois o que a sociedade demanda pode ser diferente do que o
governo pode
liberar. Assim, a sociedade deveria abaixar as expectativas no
GT e verificar
quais governos que podem liberar um conjunto de dados do jeito
que é para ser
feito. Além disso, faltam tomadores de decisão no GT para
garantir a abertura
desses dados. Defendeu
que o
objetivo do grupo deveria ser: focar na escolha de um
conjunto de dados com
pontuação máxima no ranking de dados abertos.
Ø Camila
Marques,
ARTIGO 19: argumentou
que 2012 é
o ano da Lei de
Acesso à Informação Pública, portanto, seria importante o GT se
envolver na
implementação desta lei, observando os diferentes níveis de
governo. Também
poderia trabalhar no plano de ação da OGP,
realizando avaliações e
recomendações da sociedade civil bem como trazer a sociedade
civil para
participar da parceria.
Ø Milton
Quintino,
Projeto Correspondentes pela Paz: defendeu
que
experiência deste GT é muito demonstrativa. Para ele, um GT tem que
ser operativo,
portanto, deve conduzir a algum resultado. Assim, o
GT precisaria de
tarefas operativas que mostrem porque ele foi criado. Por outro
lado, mesmo com
os participantes tendo expectativas diferentes, todos querem um
processo que,
recentemente, se tornou lei. Para ele, vale todos participarem
como algo
focado. O GT também
possuiria uma função
educativa mais ampla. Sugeriu que deveria chamar a imprensa e escolher
um setor para fazer
um ranking. Isso poderia ser um parâmetro para a criação de
um ranking.
o
Representantes
da Universidade
Ø Gisele
Craveiro,
GPOPAI-USP: questionou
se não caberia a
construção de algum tipo de documento para contextualizar
este GT,
pois, normalmente, quando se pede algum dado é inserido um
histórico no pedido
sobre: a) o porquê de necessitarem desses dados; b) uma
explicação sobre o GT e
o grupo pessoas. Contudo, ela considera essa explicação
informal, pois não há
nada no site do W3C sobre o GT. Por isso, sugeriu a criação de uma
introdução ao GT
no site do W3C bem como a apresentação de como estão os
pedidos e avanços dos
grupos específicos do GT. Reafirmou também como
objetivo do grupo o de conseguir
um conjunto de dados em formato aberto, pois sem o catálogo
de dados não é
possível ir além. Por exemplo, sem os dados não se
conseguiria realizar
um concurso de aplicativos para uso destes. O concurso de
aplicativos seria um
segundo passo. Também poderia ser divulgados mais as ferramentas
que já existem
como o “Para onde foi meu dinheiro?”[3]
para que as pessoas as utilizem, por exemplo e divulgar para os
alunos da
Universidade. Também existem outros temas que podem ser
trabalhos pelo GT: 1)
as leis de transparência, sendo que em maio a lei de acesso à
informação
pública já deve estar em cumprimento pelos governos; 2) utilizar
mais os dados
orçamentários; e, 3) priorizar o plano de ação da parceria Open Government Partnership (OGP).
Ø Jorge
Machado,
GPOPAI-USP: sugeriu
um espaço no site do W3C para
monitorar as ações do GT como: nome dos participantes que
compõem os subgrupos,
suas metas e o que eles fizeram. Poderia ser utilizada, por
exemplo, uma
ferramenta wiki. Tais iniciativas seriam importantes para dar
publicidade ao
grupo e pressionar os governantes a apresentarem tais
informações, podendo até
evitar chegar tais demandas ao Poder Judiciário através de
mandado de segurança
para conseguir os dados públicos. Portanto, sugere: 1) Um documento
do grupo; 2) um
espaço no site do W3C; e, 3) uma carta assinada pelas
entidades que participam
do GT para respaldar as solicitações de dados públicos.
Ø José
Carlos
Vaz, USP (moderador da reunião): ponderou que não se deve
perder de
vista as iniciativas que já estão em andamento.
O GT
deve articular ações concretas.
o
Representantes
do Governo
Ø Claudio
Dutra,
PROCERGS: a questão dos dados abertos não se restringe somente à
transparência,
mas também existe a questão técnica. A grande meta do grupo
deveria ser a
criação de aplicativos que justifiquem os dados abertos.
Por exemplo,
um convênio com a USP propondo um aplicativo que combine dados
de saúde,
segurança etc. Para ele, a maior preocupação do Estado é como
atender a lei de
acesso à informação pública, sendo que nenhum Estado consegue
prover todos os
serviços que a sociedade necessita, portanto, seria importante a
construção de alguns
aplicativos de amostra, como, por exemplo, uma parceria com o
SERPRO para um
aplicativo próprio do Estado a partir do Portal de Convênios.
Ø José
Police
Neto, Presidente da Câmara de Vereadores do Município de São
Paulo:
apresentou que o Parlamento enfrenta a mesma resistência que a
sociedade para
conseguir informações sobre o Poder Executivo. Além disso, as
casas
legislativas também costumavam ser fechadas para a sociedade. Na
Câmara
Municipal de São Paulo houve um avanço interessante ano passado
como a
realização de iniciativas em parceria com o grupo Transparência
Hacker. Entre
as prioridades definidas pelo GT, a mais importante para a
Câmara é a de
compras governamentais (colocada no nível de prioridade 2), pois
existem muitos
problemas nessa área como a falta da divulgação dos valores
vitoriosos nos
processos licitatórios, portanto, dificultando o entendimento
sobre onde vai o
recurso público. Assim, colocou como desafio para o GT: desvendar as
questões do controle
do Executivo e garantir que haja o controle interno deste.
Ø Nitai
Silva,
Ministério do Planejamento/SLTI: sugeriu
que a
parceria Open Government Partnership (OGP) seja usada como
estratégica por esse
grupo e que as discussões do GT sejam associadas à efetiva
realização da lei de
Acesso à Informação Pública. Para ele, os governos
têm dificuldades
para atender esta lei com um prazo tão curto, portanto, para que
ela se efetive
é necessário que a sociedade civil pressione o governo.
Ø Eduardo
Myiachiro,
Câmara de Vereadores do Município de São Paulo:
em
resposta ao Pedro Markun, apresentou que o Portal da Câmara tem
12 conjuntos de
dados com cerca de 3 estrelas no ranking proposto por Tim
Berners-Lee. Para
chegar nas 5 estrelas (pontuação máxima) existe um desafio
grande que exigirá
um esforço e capacitação da equipe que eles ainda não possuem. Sugeriu
para o GT que coletasse todos os conjuntos de dados que já
estão disponíveis,
independente do nível do ranking que tais dados estejam, e
realizassem um
esforço para que esses dados chegassem ao maior número de
estrelas possíveis.
Ø Otávio
Neves,
Controladoria Geral da União (CGU):
apontou
que o governo possui dificuldade em compreender quais são estes
dados que estão
sendo requeridos. O GT deveria fazer um refinamento dos dados que
querem ser trabalhados
pela sociedade.
Dentre
as respostas a
essas questões, as sugestões dadas pelos participantes do GT
estão resumidas
abaixo:
Ø Traçar
plano
de metas com prazos e definição de responsáveis por elas.
Ø Construção
de
documento para contextualizar o GT e disponibilizá-lo no site do
W3C.
Ø Criação
de
aplicativos para divulgar e justificar a necessidade de dados
abertos.
Ø Apresentar
como
a sociedade organizada pode utilizar esses dados.
Ø Construir
um
conjunto de dados abertos estruturados construídos pelo GT.
Ø Definir,
por
consenso, os dados que serão trabalhados pelo grupo este ano.
Ø Colocar
a
Consocial e a parceria OGP como estratégicos para o grupo;
Ø Usar
dados
que os poderes públicos estejam mais acessíveis a liberar para a
construção do catálogo de dados abertos do grupo.
Ø Esforço
para
transformar os dados já disponíveis pela Administração Pública
em dados
abertos a fim de obter máximo de estrelas no ranking dos dados
abertos de Tim
Berners-Lee.
Ø Envolver-se
na
implementação da lei de Acesso à Informação Pública.
Ø Priorizar
os
dados que a sociedade deseja trabalhar.
Ø Atrair
a
imprensa para a importância dos dados abertos.
Ø Realizar
o
ranqueamento sobre dados abertos em algum setor público.
Ø Definir
com
clareza nos dados a serem escolhidos pelo grupo.
Essas
sugestões podem
ser resumidas em três grandes tópicos para definir os rumos do
grupo em 2012 e
os trabalhos desta reunião:
1. Priorizar
os dados a serem
trabalhados pelo grupo;
2. Aproveitar
os dados que já estão
publicados nos sites dos órgãos
públicos;
3. Formular iniciativas que
promovam a reutilização desses dados.
Para
definir as prioridades do
GT Dados Abertos para 2012 os participantes foram divididos em
três subgrupos,
sendo que todos os grupos deveriam possuir representantes da
sociedade civil:
·
União
·
Estados
·
Municípios
Os
grupos deveriam discutir as
prioridades para 2012, levando em conta a discussão anterior e
as prioridades
adotadas em 2011. Contudo, nada impedia que essas prioridades
fossem mudadas ou
até mesmo novas prioridades fossem agregadas à planilha.
Todos
os grupos tinham que
preencher uma tabela[4]
que continha:
1)
As
prioridades definidas em 2011 (já preenchidas
na tabela);
2)
Os objetivos
para 2012 (a serem preenchidos
pelos subgrupos);
3)
Estratégias,
ações e encaminhamentos para 2012
(a serem preenchidos pelos subgrupos);
4)
Responsáveis
(a serem preenchidos pelos
subgrupos);
5)
Prazos (a
serem preenchidos pelos subgrupos).
O
grupo Municípios foi composto
por dez participantes:
|
NOME |
ORGANIZAÇÃO |
|
Alexandre
Manoel |
Câmara
Municipal de São Paulo |
|
Anabela
Paiva |
Instituto
Pereira Passos |
|
Clara
Meyer Cabral |
Rede
Nossa São Paulo |
|
Daniela
Silva |
Comunidade
Thacker |
|
Eduardo
Miyachiro |
Câmara
Municipal de São Paulo |
|
Everton
Zanella Alvarenga |
Open
Knowledge Foundation |
|
Milton
Quintino |
Projeto
Correspondentes pela Paz |
|
Tabi
Thuler |
Instituto
Pereira Passos |
|
Valdier
Lamana |
Prodam
|
|
Manuella
Maia Ribeiro |
FGV –SP |
Após
a apresentação dos
participantes, o grupo Municípios trabalhou com o tema
Desempenho Escolar.
Anabela Paiva e Tabi Thuler, (Instituto
Pereira
Passos- IPP, Rio de Janeiro), colocaram que o IPP possui dados
da
educação da Prefeitura, mas não tem autorização para
disponibilizá-los em dados
abertos. Citaram o Armazém dos Dados[5],
que divulga informações, estatísticas, mapas, estudos e
pesquisas. Com a
reestruturação do site, elas se comprometeram a consultar o
presidente do IPP
para disponibilizar as informações que eles possuem em formato
aberto. Além
disso, também se propuseram a articular uma reunião entre
representantes do GT
e o Instituto para discutir a importância dos dados abertos.
Colocaram como
prazo de um mês para articular essa reunião. Ainda na temática
de Educação,
Valdir Lamana (Prodam) foi questionado sobre os dados do
município de São
Paulo. Apesar da Prodam hospeda os dados da educação do
município, a
instituição não tem autorização para passar estes dados para o
formato aberto. Também
pode ser realizada uma articulação com o secretário municipal
solicitando a
autorização para a mudança do formato. Valdir Lamana reiterou
que a Prodam não
é detentora dos dados, mas pode estimular que eles utilizem os
dados abertos.
Assim, ele se compromete a promover a articulação com a
Secretaria Municipal
para que esta disponibilize seus dados em formato aberto. Também
ressaltou a
necessidade de se buscar alguém para realizar esta articulação
com a Secretaria
Estadual de Educação. Em relação a articulação com a Secretaria
Municipal de
Educação, ele se propôs a realizar reuniões bimestrais com os
gestores de
educação.
Daniela
Silva (Comunidade
Thacker) relatou as decepções para conseguir dados abertos dos
governos. Ela
acredita que se deve aproveitar de articulações
com órgãos públicos que estejam dispostos a liberar dados como o
trabalho com a
Câmara de Vereadores de São Paulo. A agenda de trabalho do grupo
deveria ser
garantir pelo menos um caso no Brasil em que os dados abertos
estejam como
devem ser, portanto, que atinjam as cinco estrelas do ranking
proposto por Tim
Berners-Lee.
Em
resposta a Daniela Silva, Eduardo
Miyachiro (Câmara de Vereadores de São Paulo) e Alexandre Manoel
(Câmara de
Vereadores de São Paulo) sugeriram um conjunto de dados que
podem ser
trabalhados em conjunto no GT para atingir as cinco estrelas.
Para isso, ele
propôs a abertura dos dados sobre a tramitação legislativa
(envolve informações
sobre os projetos de lei nas comissões, plenário e finalização).
Everton
Zanella (Open Knowledge
Foundation)
propõe que seja escrito um estudo interno da Câmara de como eles
abriram os
dados para que outras instituições se baseiem. Como prazos foram
colocados:
dois meses para atingir três estrelas do ranking e até dezembro
para atingir
cinco estrelas. Essas ações também contarão com a participação
de Everton
Zanella (Open Knowledge
Foundation) e
Daniela Silva (Comunidade Thacker).
Milton
Quintino (Projeto
Correspondentes pela Paz) perguntou se o grupo não poderia
articular para que
outros municípios adotem dados abertos e se é possível encontrar
relação de
temas entre as Câmaras de Vereadores de São Paulo e Rio de
Janeiro, para que os
avanços em São Paulo sejam também realizados no Rio de Janeiro.
Na
discussão aberta a todos,
foi sugerido que se adicionasse o Ministério de Educação (MEC)
como possível
órgão para articulação na Educação e descobrir quem seria a
pessoa para
articular no Estado de São Paulo.
O
grupo dos
Estados foi composto por:
|
NOME |
ORGANIZAÇÃO
|
|
Jorge
Machado |
USP/GPOPAI |
|
Regina Fazioli |
Biblioteca
Virtual do Governo do Estado de São Paulo |
|
Alex
Piaz |
Instituto
Socioambiental - ISA |
|
Álvaro
Santos Gregório |
GATI
- Grupo de Apoio Técnico a Inovação da Secretaria de
Gestão Pública do Estado de São Paulo |
|
Pedro
Markun |
THacker |
|
João Bonvicino
|
Corregedoria
Geral da Administração do Estado de São Paulo (CGA/SP) |
|
Claudio Dutra |
PROCERGS |
|
Ricardo
Matheus |
FEA/USP |
O
grupo Estados começou
a discutir a temática de Dados Abertos Governamentais na ciência, especialmente
focado em como
adquirir informações fundamentais sobre financiamento público da
educação
universitária, como a USP, a qual Jorge Machado comentou e
também das agências
de fomento que financiam diversos projetos na área de ciência e
tecnologia. Houve
uma discussão entre Pedro Markun, Regina Fazoli, Jorge Machado e
Cláudio Dutra
sobre a necessidade ou não da criação de uma equipe só para a
temática de
universidades. A maioria apontou desnecessária, vendo que
Estados comportariam o
assunto.
Sobre
Dados Abertos
Governamentais, Regina Fazoli concordou com a temática de
abertura das
informações das universidades, assim como Cláudio Dutra. Pedro
Markun diz
acreditar que ainda falta massa crítica nas universidades para
esta temática e,
portanto, a sensibilização seria um primeiro passo. Regina propôs que seja construída
uma carta
generalista para que todos os grupos possam enviar a
determinados órgãos,
indivíduos e até mesmo a universidades para sensibilizar estes
grupos.
Definiu-se
que poderiam
ser criadas duas prioridades no grupo: a de produção acadêmica e
a de
segurança, temática proposta por Pedro Markun e apoiada por Alex
Piaz, do ISA.
João
Bonvicino e Jorge
Machado discutiram a possibilidade dos dados da FAPESP serem
requeridos via
corregedoria, questionando porque estes dados não podem ser
abertos ao público
e se comprometeu a verificar esta possibilidade. Álvaro Gregório
comenta que
poderia ajudar este contato via GATI, em maio.
Regina
aponta para a
necessidade de criar um documento geral para que possa ajudar o
grupo a atingir
e convocar determinados órgãos a formatar e publicar Dados
Abertos
Governamentais . Definiu-se que seria criada a carta, sendo ela
e Jorge Machado
os responsáveis pela criação da mesma. O envio para os órgãos
teve como meta até
dezembro de 2012 e a criação de disponibilização de carta
padronizada até junho
do mesmo ano, junto do evento comentado por Claudio Dutra. O
evento é o SECOP,
onde Cláudio aponta a oportunidade de criar uma trilha sobre a
temática.
Por
meio de consenso de
todos do grupo, a segurança pública foi escolhida como
prioridade. O grupo
decidiu focar as ações em segurança pública e na procura por
Dados Abertos
Governamentais nas universidades. Claudio Dutra também se
comprometeu a
viabilizar Dados Abertos Governamentais da segurança pública do
Rio Grande do
Sul. Com isso, o representante da corregedoria e do GATI
propuseram tentar
viabilizar também dados da Secretaria de Segurança Pública. Os
prazos ficaram
definidos para maio, sendo no Estado de SP Álvaro Gregório sendo
a ponte entre o
Executivo e o grupo e Pedro Markun representando o GT de Dados
Abertos.
|
NOME |
ORGANIZAÇÃO |
|
Alexandre
Lopes Machado |
SERPRO |
|
Camila
Marques |
Artigo
19 |
|
Gisele
S. Craveiro |
USP
– GPOPAI |
|
José
Francisco Salm Junior |
UDESC
/ Instituto Stela |
|
Marcelo
Daniliauskas |
IDEC |
|
Nitai
Silva |
Ministério
do Planejamento/SLTI |
|
Otavio
Moreira de Castro Neves |
Controladoria-Geral
da União |
|
Wilma
Madeira |
Instituto
de Responsabilidade Social Sírio Libanês |
|
Stephanie
Shahini |
USP |
O
grupo “União” optou por tratar
dos temas que, na percepção dos participantes, estariam ao
alcance de cada um,
levando em conta suas atribuições profissionais dentro de seus
respectivos
órgãos. Dessa forma, não foram identificados dentro do grupo
potenciais atores
para articulação e ações nas áreas de Desempenho Escolar, Dados
Legislativos e
Segurança.
Em
relação à
Produção Científica, José Francisco Salm
Junior
(UDESC/Instituto Stela) e Gisele S. Craveiro, (USP – GPOPAI) identificaram na plataforma
Lattes um
potencial para desenvolver um dataset, porque os dados já estão
disponíveis e
necessitariam apenas ser apresentados em formato aberto. Posto
isto, o grupo
concordou com a proposta de Gisele, (USP – GPOPAI) em elaborar
uma carta em
nome do Grupo de Trabalho, enquanto José Francisco Salm Junior
(UDESC/Instituto
Stela), ficou
responsável pelo
encaminhamento efetivo da carta aos responsáveis. Por fim, a
GPOPAI seria
responsável pelo monitoramento da solicitação.
Esta mesma estratégia
foi sugerida por
Wilma Madeira na área de Saúde. Segundo Wilma, os dados dos
sistemas SIA - Sistema
de
Informações
Ambulatoriais, SIH - Sistema de Informações Hospitalares e
CIHA -
Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial, estão
preparados e
poderiam ser abertos sem a identificação individual de cada
indivíduo. Wilma
comprometeu-se em enviar uma carta e em acompanhar o pedido de
abertura dos
dados no Ministério da Saúde.
Em
relação ás Agências
Reguladoras, o grupo reconheceu a dificuldade de obter dados das
mesmas. Camila
Marques (Artigo 19) e Marcelo Daniliauskas
(IDEC) ressaltaram
a importância de analisar e identificar uma agência em potencial
na qual exista
maiores chances de êxito para abertura de dados. Antes de
determinar um
objetivo, a dupla aderiu à ideia de realizar uma reunião extra
ao Grupo de
Trabalhos de Dados Abertos para tratar especificamente deste
assunto.
Devido
ao tempo estabelecido
para a discussão em grupo, não foi possível aprofundar muito a
discussão sobre
os 3 temas restantes: Convênio,
Grandes
eventos e Compras Governamentais.
No
que
diz respeito à área Convênios, pontuou-se a importância de
acompanhar a
abertura dos dados do SINCONV, processo que já está sendo
monitorado pelo Ministério do Planejamento/SLTI. Para os Grandes Eventos,
Nitai aponta
que a atual configuração dos órgãos e atores envolvidos,
identificando a
oportunidade de representação do Grupo de Trabalho de Dados
Abertos na Câmara
de Transparência que foi criada para monitoramento e controle
dos Grandes
Eventos. Por fim, sobre a área
de Compras Governamentais Nitai
diz que
os dados SICAF já estão praticamente abertos
e que o Grupo
de Trabalho poderia inserir este dataset
no dados.gov. O grupo
concluiu que,
como estes dados já estão disponíveis, o desafio seria pensar em
sua divulgação
e formas de reutilização pela sociedade.
|
Tema |
Esfera |
Objetivos
para 2012 |
Estratégias,
ações e encaminhamentos 2012 |
Responsáveis |
Órgão
Coreespondente |
Prazos |
|
PRIORIDADE 1 |
||||||
|
Desempenho
Escolar |
Municipal |
Articular com
os órgãos que já possuem dados sobre a educação nos
municípios de SP e RJ para disponibilizá-los em formato
aberto os dados já existentes para o público. |
Articulação com
a secretaria de educação de SP |
Valdir Lamana |
Prodam |
Reuniões
Bimestrais com gestores da Educação (SP) |
|
Organizar um
encontro de representantes do GT com o IPP |
Tabi e Anabela
|
IPP |
Um mês (RJ) |
|||
|
Articular com a
secretaria estadual SP para integrar os dados estaduais |
Precisamos de
um interlocutor no estado de SP |
|
Ainda não
definido |
|||
|
Dados
Legislativos |
Municipal |
Disponibilização
dos dados da câmara sobre a tramitação
legislativa no município de SP em formato aberto
ideal |
Atingir 3 estrelas |
Eduardo
Miyachiro |
|
2 meses [3
Estrelas] |
|
Trabalhar em conjunto para
deixar estes dados com 5 estrelas até o final ano |
Alexandre
Manoel |
Câmara |
Dezembro [5 Estrelas] |
|||
|
Sistematizar como foi
feito essa estruturação dos dados no município |
Daniela Silva – Everton |
THacker |
Ainda não
definido |
|||
|
Segurança |
Estado |
Articulação dos
contatos políticos |
Apoio
institucional da corregedoria ao GATI no acesso para
reunião com SEC
DE SEG. PÚBLICA |
Corregedoria
(telefone e e-mail, agendar reunião) – Gregório como
ponte entre executivo e o GT (Pedro) |
|
Maio |
|
Carta genérica
para apresentação das iniciativas dos GT aos órgãos
públicos. |
Vide produção
científica |
|
|
|||
|
RS – Com maior
granularidade possível |
Claudio Dutra
(Trilha no Congresso SECOP, até setembro, montar grupo
de segurança com todos os estados) |
|
Setembro SECOP |
|||
|
SECOP –
articulação para padronização dos dados |
Claudio Dutra
(aproveitar o SECOP) |
|
Setembro |
|||
|
ABEP – Entrega
da carta genérica para sensibilização no SECOP |
Pedro |
THacker |
Setembro |
|||
|
THacker faz um
aplicativo sobre dados do RS |
Pedro |
THacker |
|
|||
|
Contatar Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (encontro em julho –
POA) e ABRAJE (Assoc. Bras. Jornalismo Investigativo) |
Anabela |
|
|
|||
|
Produção
Científica |
Estado |
Sensibilização
das Universidades Estaduais para criação de massa
crítica (USP) |
Realização de
evento ,de sensibilização da comunidade acadêmica
chamando FAPESP e outras agências de fomento e
universidades |
|
|
Final de Abril
para fazer carta |
|
Criar uma carta
para contatar os órgãos |
Jorge |
GPOPAI |
|
|||
|
Criar (sensibilização)
uma carta oficial – Diretriz política |
Procurar
contatos na FAPESP (agências de fomento) |
|
|
Até Junho
Evento |
||
|
Divulgação dos
Financiamentos Universitários |
CONFAP –
projeto de indicadores das FAPs poderia gerar um dataset
a ser aberto. - Contatar CONFAP |
Vagner |
W3C |
Dezembro |
||
|
Contatar ENEAP
para divulgação |
Manuella |
FGV |
|
|||
|
União |
Disponibilizar
plataforma lattes em dados abertos |
Elaborar uma
carta em nome do GT sugerindo
a transformação dos dados da plataforma LATTES em dados
abertos. |
Jose Francisco
Salm Jr. e Gisele Craveiro |
|
Abril |
|
|
Acompanhamento
do pedido |
Jorge e Gisele |
GPOPAI |
Abril |
|||
|
Saúde |
União |
Abrir os dados
destes sistemas ( sem identificação individual) -
AECESSO aos dados de
atendimento do SIA, SIH, (CIHA) - |
Solicitar
abertura de acesso em formato padrão de dados abertos
para ministério da saúde |
Wilma Madeira |
|
Abril |
|
Serviços
Regulados |
União |
Estudar e
analisar uma agencia em potencial (Próximo passo antes
de estabelecer o objetivo) |
Reunião extra
GT |
Camila e Marcelo |
Artigo 19 e IDEC |
Maio |
|
PRIORIDADE 2 |
||||||
|
Convênio |
União |
Atender o OGP |
Acompanhar
processo de abertura dos dados do SICONV |
|
SLTI - MPOG |
Dezembro |
|
Grandes
eventos |
União |
Representação
do grupo na Câmara da Transparência da Copa |
Participação de
entidades interessadas nas ações realizadas pela Câmara
da Transparência |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
|
Orientações nos
trabalhos |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
||||
|
Verificar
interesse no GT |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
||||
|
Compras
Governamentais |
União |
Divulgacao e
fomento para utilizacao dos dados do SICAF |
Insercao do
SICAF no catálogo dados.gov (API) |
SLTI e GT Ontologias (treinamento deverá
prever o SICAF) |
|
Ainda não
definido |
|
Fazer com que
os dados do SICAF (API) sejam efetivamente
reaproveitados pela sociedade. |
Identificar
potenciais interessados pelos dados (poderia ser objeto
de concursos) |
SLTI e GT Ontologias (treinamento deverá
prever o SICAF) |
|
Ainda não
definido |
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Geral |
Geral |
Criação de
ranqueamento dos Estados |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Dezembro |
|
Articulação de
disciplina nos curso da área de Públicas sobre Governo
Aberto (sugestão aos encontros nacionais de cursos e de
estudantes de administração pública (ENAP). |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Dezembro |
||
|
Elaboração de
manifesto ou carta-compromisso pela abertura de dados
governamentais para partidos e candidatos nas eleições |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Dezembro |
||
|
Criar espaço na
web informando sobre o GT |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Ainda não
definido |
Dezembro |
||
Foram
discutidas as estratégias
e ações do GT em relação à parceria Open Government Partnership
(OGP). A
apresentação sobre a parceria foi realizada por Otávio Moreira
Castro Neves, da Controladoria-Geral
da União (CGU), introduzindo a ideia de governo
aberto para os
participantes do GT, ele mostrou que para o Brasil estar
inserido na OGP foi
bastante interessante, pois o país já trabalhava com o Portal da
Transparência,
a iniciativa da Consocial e também a ideia de Dados Abertos
Governamentais dentro
do Governo Federal.
Desta
forma, o Brasil foi um
dos líderes na construção de um plano de ação para a parceria
dentre os cerca
de 8 países que participam dela, sendo que este plano de ação é
um compromisso
que o país ratifica internacionalmente. Os participantes da OGP
devem
apresentar este compromisso também para a sua própria sociedade,
preferencialmente articulando-se com esta, com o objetivo de
realizar uma série
de ações quem tenham em vista propósitos da parceria. Uma
revisão do plano de
ação brasileiro será entregue em abril.
Os
participantes da OGP devem
trazer a sociedade civil de seus países para articular as
questões trabalhadas
na parceria. O Brasil tem buscado envolver a sociedade civil nas
discussões da
parceria, aproveitando fóruns para aprimorar esse diálogo. Além
disso, a
parceria busca um intercâmbio entre os países participantes
sobre as ações
realizadas por eles em torno da temática.
As
sugestões e indagações dos
participantes sobre a parceria OGP estão resumidas abaixo:
Ø Anabela
Paiva,
Instituto Pereira Passos (RJ): questionou
se o órgão
responsável pela parceria no Brasil é a Controladoria Geral da
União (CGU).
Otávio Neves, da CGU, respondeu que a OGP envolve Estados
nacionais de 8 países
e 8 iniciativas da sociedade civil. No
Brasil, a iniciativa da sociedade civil na parceria é o
Instituto de Estudos
Socioeconômicos – Inesc.
Ø Vagner
Diniz,
W3C Brasil: apontou que
vale a pena ser mais incisivo na
participação do GT e tentar acrescentar na reunião anual da
parceria que
acontecerá entre 17 a 18 de abril em Brasília. Haverá uma breve
síntese da
reunião preparatória da sociedade civil.
Ø Gisele
Craveiro,
Universidade de São Paulo: A
própria CGU, na pessoa do
Otávio e da Roberta Solis, prestaram várias informações a
respeito da parceria
para algumas entidades da sociedade civil. Algumas entidades da
sociedade civil
já estão acompanhando o processo e outras buscando informações
sobre a
parceria, aos quais se procurou o nivelamento das informações.
Atualmente
existem alguns canais para a troca de informações e trabalhar de
uma forma
articulada que é a lista no Google Groups (OGP_br)[7],
para debate e discussão dessas informações basta enviar email
para esta lista.
A Iara do INESC também é membro do comitê gestor da OGP e enviou
uma proposta
de evento lateral ao evento oficial. A ideia é que fosse criado
um espaço na
programação justamente para deixar a sociedade civil com um
espaço ainda maior,
pois existirá um espaço mais pra frente que é a avaliação do
plano. Dia 16 de
abril, um dia antes do encontro anual[8]
ocorrerá reunião da sociedade civil na sede do INESC. Nos dias
17 e 18 de
abril, durante o evento da OGP, provavelmente ocorrerá o evento
paralelo para
todos que estiverem interessados em participar. Esta
participação, com diversas
categorias, como entidades do setor privado, sociedade civil,
academias e as
inscrições estão abertas no site da OGP. Deveria haver outros
canais de participação
como a criação de um blog e de outras vias.
Ø Vagner
Diniz,
W3C Brasil: enfatiza o
compromisso do grupo em contribuir
com a avaliação do Plano de Ação do Governo Brasileiro. O grupo
poderia propor
algumas formas de considerar a aderência do conteúdo dados
abertos. Convidou
Alexandre Barbosa, do CETIC, área do Comitê Gestor da Internet,
que faz as
pesquisas sobre o uso da internet no Brasil para que pudesse
mostrar algumas
impressões sobre as questões de medição, indicação e avaliação.
Temas que devem
ser problematizados para que o escopo seja ampliado e a questão
seja discutida
na OGP.
Ø Alexandre
Barbosa, CETIC:
apresentou forma de entender os problemas de medição dos planos
de ação dos
países membros da OGP, considerando que cada país é livre para
seguir o seu
plano de ação. Existem critérios de elegibilidade para que os
países possam ser
considerados parte deste consórcio e um conjunto de expectativas
e de
compromissos que os países devem ter com relação a essas ações.
O primeiro
ponto da discussão é: como que a partir destas ações é possível
medir e ter o
alinhamento destas ações com este framework da OGP nos
compromissos, as
expectativas e os critérios dos planos de ação. O próprio
documento da OGP define
quatro pontos. A oportunidade para discutir juntamente com os
demais países é
sobre as mensurações das questões de impacto e os produtos das
ações que estão
sendo executadas: quem sofre os impactos destas ações? É a
sociedade de uma
forma geral, ou seja, os cidadãos, as empresas e os governos. A
partir disso, existe
oportunidade de discutir como são medidos, primeiro, os produtos
destas ações. São
os artefatos, de natureza tecnológica, como o portal da
transparência da CGU[9]
ou pode ser um artefato de natureza jurídica, do ponto de vista
de resoluções,
de leis, como a lei de acesso a informação[10],
que podem ser resultado dessas regulamentações. Com base nesses
artefatos, definem-se
indicadores que, a partir de uma linha base, possam ser medidos
periodicamente,
anualmente ou semestralmente, para garantir a medição de como a
sociedade está
sofrendo impacto destas ações.
Ø Otávio
Moreira Castro Neves,
Controladoria-Geral da União:
existe o critério de seleção,
que exige um mínimo pela parceria para a entrada dos países na
OGP, contudo, a
ideia não é ter um ranque. As ações são mínimas, mas dentro
daqueles pilares,
uma organização não precisa ter ações para todas as áreas.
Ø Alexandre
Barbosa, CETIC:
dado
que existem planos de ações, estas impactam na vida das pessoas,
das empresas e
de governos. A discussão interna, juntamente com o GT de Dados
Abertos tem como
objetivo reunir um conjunto mínimo de indicadores, para que
possam mensurar
este impacto. A problematização que o Vagner Diniz, do W3C,
coloca é de
entender o que se mede em cada um destes pontos. Medir os prazos
que serão
executados e, por outro lado, medir quais são os impactos que
eles sucedem.
Essa é uma primeira abordagem e ainda não há desdobramento deste
modelo dos
indicadores, pois estamos realizando neste momento e gostaríamos
de
compartilhar com as reflexões iniciais sobre a medição dos
impactos que essas
ações provavelmente terão.
Ø Juliano
Cappi, NIC.br: sobre
a medição, se medirmos o acompanhamento da
implementação do projeto e dos resultados que eles podem trazer,
acho muito
interessante, ainda mais em uma política já pensada em como se
medir os
resultados, sendo essa a idéia de que nós façamos um projeto
para o Brasil e
esse projeto de medição será essencial para fazer avaliação do
país onde está
sendo implementado.
Ø
Vagner
Diniz, W3C Brasil:
uma
coisa é o plano de
ação do governo brasileiro com auxílio/pressão/participação e
até mesmo a
revisão dessas ações, tendo como a Sociedade Civil podendo
participar, que
ocorrerá no dia 16 de abril e está sendo organizado pela própria
sociedade
civil. Outra coisa é a prestação de contas do governo brasileiro
em relação as
metas do plano de ação que ele propôs. Pergunta
ao Otávio Neves da CGU e ao Nitai do MPOG: os governos possuem
um plano de
prestação de contas, uma forma, um conjunto de dados que
poderiam auxiliar
prestação de contas ao cidadão, como o governo brasileiro irá
prestar essas
contas?
Ø
Nitai
Silva, Ministério do
Planejamento/SLTI: reitera
sobre todo o processo de abertura
de dados acertos governamentais, que existe a dificuldade de
interlocução com mais
de 20 órgãos governamentais, bem como um processo mais
sofisticado da prestação
de contas onde está sendo elaborada uma proposta concreta sobre
o assunto.
Ø
Vagner
Diniz, W3C Brasil:
acredita
que nesse ponto existe uma entrada importante para proposição de
se fazer um
acompanhamento do plano de ações do governo brasileiro. Sugere
que no dia 18 de abril possa haver
espaço na reunião da OGP em Brasília para entrar com a pauta
discutida acima
por Otávio Neves e Alexandre Barbosa, verificando a fala de
Nitai Silva, do
MPOG. Um terceiro assunto que Alexandre Barbosa comentou que é a
mensuração dos
impactos, questão largamente demandada do governo pela agenda,
que terá painel
sobre a avaliação de impactos de governo aberto. Acredita que
fazer discussão e
proposição de como se medem as ações locais ou globais dos
impactos, tem grande
importância. Sugere que a participação em um dos painéis da OGP,
tratar deste
assunto seja como palestrante seja como ouvinte participante, é
interessante
nos comentarmos esta construção.
Ø
Cláudio
Dutra, PROCERGS:
acredita que tem como encaminhar a
demanda e que seria bacana o encaminhamento.
Ø
Otávio
Moreira
Castro Neves, Controladoria-Geral da União:
essa
discussão poderia ser levada para a OGP, pois lá dentro é
discutido se haverá ou
não um acompanhamento geral da parceria. Seria uma conversa
interessante deste
grupo com o OGP.
Ø
Alexandre
Barbosa, CETIC:
acredita que é
necessário medir com certeza algumas coisas. O impacto também
deve ser
observado, além do grande ganho que se teria ao tentar criar
parâmetros mínimos
que possam ser comparados. Acredita que a discussão dos impactos
estará ainda
em voga no OGP em algum dado momento.
Ø Otávio
Moreira Castro Neves,
Controladoria-Geral da União:
existe uma conversa com setores
da sociedade civil que a OGP para decidir como realizar este
acompanhamento. A
discussão é antiga sobre impactos de transparência, ainda não há
indicador
aceito por todos. Seria interessante colocar os grupos para
discutirem juntos, por
isso, seria interessante aproximar o grupo da OGP.
Ø
Vagner
Diniz, W3C Brasil:
no
dia 18 de abril, haverá sessão das 14h às 16h chamada Sessões
Estratégicas[11]
paralela e uma delas é de construção de indicadores sobre os
impactos para
construir evidências do governo aberto, o que demonstra o
interesse do governo.
A sociedade civil de tentar inserir esta temática dentro da OGP.
Ø
Alexandre
Barbosa,
CETIC:
complementando o que o Vagner Diniz indicou,
certamente cada organização terá seus critérios, seja de
orçamento, de
cronogramas da eventual realização daquela ação, para que cada
plano de ação
seja monitorado. Em
relação
ao monitoramento de fato, a questão é complicada porque mais em
algum
momento as iniciativas de governo aberto deverão ser mensuradas
do ponto de
vista de quem está recebendo o impacto, os cidadãos e os
governos em suas
diferentes esferas e níveis de poder de governos. Certamente a
realização da
OGP deve ter algo pensado, mas o grande ganho que teríamos é
tentar criar
parâmetros mínimos que possam ser comparados, como por exemplo
outras entidades
como o a ONU, UNESCO, Partnership Development, Banco Mundial ou,
por exemplo, a
Organização da Comunidade da Informação (ICO). Em um dado
momento, a sociedade da
informação tornou-se algo relevante, começou-se a definir
indicadores, parametrizados
internacionalmente, e que se pudesse comparar a evolução da
sociedade da
informação como um todo.
Ø
Otávio
Moreira
Castro Neves, Controladoria-Geral da União: a
discussão de indicadores para controle
da sociedade ocorrerá, pois ainda não foi criado um indicador
que fosse aceito
por todos. Algum órgão aceita, outro rejeita e, assim talvez
seja uma
oportunidade de unir pessoas.
Ø
Nitai
Silva, Ministério do
Planejamento/SLTI: acredita
que
há precipitação em se pensar em uma forma de mensurar, pois é
muito novo o
assunto e ainda não existe uma forma de se mensurar e formas de
se avaliar tudo
isso. Em abril, acontecerá a reunião da sociedade e é
interessante que, neste
momento os órgãos que se comprometeram estejam lá para discutir
as dificuldades
e criar uma forma nova de avaliação.
Ø Juliano
Cappi, NIC.br: é
importante atentar-se à discussão dos impactos e a base para
obter os resultados. Devemos nos atentar quais são os critérios
que necessários.
Ø Nitai
Silva,
Ministério do Planejamento/SLTI:
é preciso perceber que
os caráteres de ação são muito diversos, a proposta é que os
órgãos tenham
tempo e estejam lá para discutir as ações e a partir disso, que
haja um
pensamento junto da sociedade civil para se comprometam em
avaliação.
Ø
Vagner
Diniz, W3C Brasil:
O
principal ponto da questão é que o Plano de Ação dos Dados
Abertos e no Governo,
segundo a fala do Otávio e do Nitai, os dados estarão abertos.
Convidar para
esta discussão e aproveitar a oportunidade da reunião do dia 16
em Brasília, bem
como ocupar este espaço. O W3C se candidata a formatar todas as
idéias que
possam ser levantadas pela sociedade civil e apresentá-las para
este grupo.
Ø Gisele
Craveiro,
Universidade de São Paulo:
aponta que é um assunto novo
e em um primeiro momento está sendo buscada maior articulação
maior da
sociedade civil. Existem lacunas nos municípios e nos Estados.
Em futuros
planos de ação pode-se aumentar o número de órgãos e a Sociedade
Civil deve
estar informada sobre o OGP para que esteja mais ativa e atuante
neste sentido.
Ø
Vagner
Diniz, W3C Brasil:
mostra
o site da OGP e fala que as inscrições estão abertas no site da OGP
Ø
José
Carlos Vaz, USP (moderador da
reunião):
última
parte
da conferência, CONSOCIAL.
Os
encaminhamentos
do GT em relação à OGP foram os seguintes:
-
CETIC está pensando em modelos de
mensuração dos planos de ação da OGP.
- W3C
comprometeu-se a padronizar e
formatar as demandas do GT para a conferência da OGP, bem como
compartilhar com
os membros do grupo.
Norberto
Platero,
Consocial da Controladoria Geral da União em São Paulo (CGU–SP)
apresentou a 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e
Controle Social
(CONSOCIAL). A Proposta da CONSOCIAL surgiu como consequência de
um encontro da
sociedade civil, ocorrido no ano de 2009, que houve início da
discussão sobre
corrupção e transparência. Concluiu-se desse encontro que seria
importante
realizar uma conferência nacional sobre o tema, entendendo a
necessidade para o
exercício da democracia no país. As regras foram definidas pela
Comissão
Organizadora Nacional, que idealizou uma conferência nacional na
qual as
demandas seriam coletadas por meio das conferências municipais e
estaduais, até
atingirem a etapa nacional. As conferências estão em curso nos
municípios e
estados. Em São Paulo, a conferência municipal ocorreu em 27 de
fevereiro de
2012 e a estadual ocorrerá entre os dias 30 de março e 1 de
abril.
A
conferência nacional será realizada em
Brasília nos dias 18 e 20 de maio de 2012. O resultado atingido
na conferência
nacional serão as somatórias de propostas municipais, que sobem
para a
conferência estadual e, posteriormente são encaminhadas para a
nacional. Por
fim, será elaborado um plano
nacional de
transparência e controle social.
A
CONSOCIAL está dividida em quatro eixos[12]:
i) Promoção da transparência pública e acesso à informação e
dados públicos;
ii) Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da
sociedade para
o controle da gestão pública; iii) A atuação dos conselhos de
políticas
públicas como instâncias de controle, e; iv) Diretrizes para a
prevenção e o
combate à corrupção. O texto base criado pela CGU deverá ser
utilizado e
norteará toda a metodologia das CONSOCIAIS de Municípios,
Estados e a Nacional[13].
Uma das
possibilidades de participação é por
meio das conferências livres, que não é necessário trabalhar
todos os eixos e
qualquer grupo de pessoas pode participar. Cada grupo possui um
facilitador que
ao final discussão sairá com as propostas. As 10 propostas
definidas dentro da
conferência livre são diretamente para a etapa nacional em
Brasília. Também
existem as conferências virtuais que podem ocorrer até dia 08 de
abril. Durante
a discussão sobre a proposta de realização de uma conferência
livre sobre dados
abertos, o representante da CGU-SP ressaltou que deve ser
realizado um esforço
para traduzir as informações técnicas para o leigo.
Abaixo
estão resumidas as posições dos
participantes do GT sobre as estratégias para a CONSOCIAL:
Ø Vagner
Diniz,
W3C: apresentou
que o W3C está propondo a
realização de uma conferência livre de dados abertos para que
este tema integre
o plano nacional. Apesar dos avanços importantes sobre dados
abertos na Lei de
Acesso à Informação Pública, é possível que os participantes do
GT e
interessados elaborem 10 propostas para ser enviadas à Executiva
Nacional.
Ressaltou que o W3C participou da conferência municipal. Propôs
a realização de
uma conferência livre para dados abertos, no dia 03 de abril de
2012.
Ø Claudio
Dutra
(PROCERGS): declarou
que poderia levar a temática de dados
abertos para a conferência no Rio Grande do Sul.
Ø João
Bonvicino, Corregedoria Geral da
Administração do Estado de São Paulo:
apontou que é possível realizar uma conferência livre para o
Estado que iria
direto para as discussões estaduais. Em São Paulo também foram
realizadas
conferências virtuais para garantir mais propostas. Também
aceitou auxiliar no
funcionamento e realização da conferência livre, pois realiza
uma série de apresentações
nos municípios para explicar sobre a CONSOCIAL.
Ø Gisele
Craveiros, USP-GPOPAI:
divulgou que será realizada uma Conferência Livre na USP no
período noturno no
dia 29 de março e que já ocorreu uma conferência livre de São
Paulo no dia 17
de março na Câmara Municipal.
Os
encaminhamentos do GT em relação à
Consocial foram os seguintes:
- Foi aceita a proposta para a
realização de uma
conferência livre de dados abertos no dia 03 de abril de 2012.
- João Bonvicino, da Corregedoria
Geral da
Administração do Estado de São Paulo se comprometeu a auxiliar
na realização da
conferência.
- Pedro Markun, da Comunidade
Thacker, propôs o
espaço da Ação Educativa para a realização da Conferência.
4.
Encaminhamentos
e
avaliação
No final das atividades, foi proposto
ao grupo realizar
uma breve avaliação do encontro. O grupo reconheceu que havia
muitas
pautas, nas quais o mesmo trabalhou intensamente ao longo do
dia. Apesar de ser
classificada como extensa, de uma forma geral, a reunião foi
avaliada
positivamente. Houve a identificação de avanços em relação às
reuniões
anteriores, principalmente pela objetividade e foco presentes
nas atividades e
discussões e no maior comprometimento dos envolvidos para o
alcance dos
objetivos no fim de 2012. Vagner Diniz pontuou certa frustração,
pois, esperava
mais especificidade em relação às estratégias e ações que
deverão ser
trabalhados pelo grupo para o alcance dos objetivos. A nova
integrante da
equipe do W3C, Caroline Burle, desempenhará função importante no
monitoramento
das ações de cada grupo e no detalhamento das ações de cada um
para garantir
que as ações propostas sejam efetivamente cumpridas.
|
NOME |
ORGANIZAÇÃO
|
|
Alex
Piaz |
Instituto
Socioambiental (ISA) |
|
Alexandre
Barbosa |
CETIC |
|
Alexandre
Lopes Machado |
SERPRO |
|
Alexandre
Manoel |
Câmara
Municipal de São Paulo |
|
Alvaro
Santos Gregório |
GATI
- Grupo de Apoio Técnico a Inovação da Secretaria de
Gestão Pública do Estado de São Paulo |
|
Anabela
Paiva |
Instituto
Pereira Passos |
|
Camila
Marques |
Artigo19 |
|
Carlinhos
Cecconi |
CGI.br |
|
Caroline
Burle |
W3C
Brasil |
|
Clara
Meyer Cabral |
Rede
Nossa São Paulo |
|
Claudio
Dutra |
PROCERGS |
|
Daniela
Silva |
Comunidade
Thacker |
|
Eduardo
Miyachiro |
Câmara
Municipal de São Paulo |
|
Everton
Zanella Alvarenga |
Open
Knowledge Foundation |
|
Gisele
S. Craveiro |
USP
– GPOPAI |
|
João
Bonvicino |
Corregedoria
Geral da Administração do Estado de São Paulo |
|
Jorge
Machado |
USP
– GPOPAI |
|
José
Carlos Vaz |
USP |
|
José
Francisco Salm Junior |
UDESC
/ Instituto Stela |
|
Juliano
Cappi |
NIC.br |
|
Luca
Toledo |
Cyborg
Anthropologist |
|
Marcelo
Daniliauskas |
IDEC |
|
Milton
Quintino |
Projeto
Correspondentes pela Paz |
|
Norberto
Platero |
Consocial
(CGU –SP) |
|
Nitai
Silva |
Ministério
do Planejamento/SLTI |
|
Otavio
Moreira de Castro Neves |
Controladoria-Geral
da União |
|
Pedro
Markun |
Comunidade
Thacker |
|
Police
Neto |
Câmara
Municipal de São Paulo |
|
Regina
Fazioli |
Biblioteca
Virtual do Governo do Estado de São Paulo |
|
Tabi
Thuler |
Instituto
Pereira Passos |
|
Vagner
Diniz |
W3C
Brasil |
|
Valdir
Lamana |
Prodam
|
|
Wilma
Madeira |
Instituto
de Responsabilidade Social Sírio Libanês |
|
Manuella
Maia Ribeiro |
FGV –SP |
|
Stephanie
Shahini |
EACH
– USP |
|
Ricardo
Matheus |
FEA
– USP |
Tabela
Antiga de Prioridades
|
Tema |
Ofertas /
demandas sugeridas |
Nº de indicações como prioridade
na plenária |
Objetivos
para 2011 sugeridos pelo grupo |
Estratégias,
ações e encaminhamentos sugeridos pelo grupo |
||||||
|
NÍVEL DE
PRIORIDADE 1 |
||||||||||
|
Desempenho
Escolar |
i. Índice de
Evasão Escolar e Motivos; |
10 Bolinhas
Vermelhas |
Passar dados
em PDF da Prefeitura de SP para formato aberto e maior
granularidade aos dados. |
Articular
órgãos estaduais de Educação e Desenvolvimento com
PRODAM e PRODESP para um reunião |
||||||
|
ii. Dados de
Desempenho Escolar – São Paulo (valores absolutos por
distrito/escola); |
RS verá Dados
do Estado |
|||||||||
|
Contatar o
MEC |
||||||||||
|
Áreas de
Vulnerabilidade Geográfica |
i. Dados de
áreas de risco |
11 Bolinhas
Vermelhas |
Definir um set mínimo de
informações sobre áreas de risco com o interlocutor.
Este pacote deve ter uma semântica acordada que permita
o reuso dos dados. |
Descobrir se
os dados de áreas de risco estão com INPE ou IPT |
||||||
|
ii. Áreas de
Vulnerabilidade Geográficas |
Encontrar
interlocutor no governo, em todas as instâncias |
|||||||||
|
Mapear órgãos
que fazem este tipo de pesquisa |
||||||||||
|
Descobrir se
há interoperabilidade entre os bancos de dados nacionais |
||||||||||
|
Definir
conjunto mínimo de informações necessárias |
||||||||||
|
Desenvolver
um piloto com os dados abertos |
||||||||||
|
Segurança |
i. Dados de
Segurança com maior granularidade (excelente: por rua
mínimo: por distrito) atualização diária, da PROCERGS |
11 bolinhas
vermelhas |
Publicar
dados de segurança do RS e de SP em formato aberto e com
alta granularidade (mínimo por dia e por rua). |
Contato com
Sec. Seg. Pub do RS e SP, para disponibilizarem em
formato aberto e com maior granularidade. |
||||||
|
ii. Dados de
segurança pública e ocorrências policiais – SP |
Criação de
padrão XML para disposição dos dados de todos os
estados. |
Criação de
XML para disposição dos dados, provavelmente pensado
pelo THacker, técnicos do RS e de SP. |
||||||||
|
Produção
Científica |
i. Base de
Dados brutos de pesquisas com financiamento público |
9 bolinhas
vermelhas |
Disponibilização em dados abertos informações sobre
pesquisas. |
Procurar o
IBGE para disponibilizar todas as pesquisas realizadas |
||||||
|
ii. Dados
Produzidos por pesquisas financiadas com recursos
públicos |
Disponibilização da plataforma Lattes em formato aberto. |
Procurar Min
da Saúde para disponibilizar PNDS. |
||||||||
|
iii.
Investimento em pesquisa (beneficiários, $, relatórios) |
Procurar
agências de fomento nacionais e estaduais para
disponibilizar dados e em formato aberto. |
|||||||||
|
iv. Todas as
pesquisas realizadas ; |
Procurar CNPq
para disponibilizar Plataforma Lattes. |
|||||||||
|
v. PNDS –
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde |
||||||||||
|
Serviços
Regulados |
i. Dados dos
serviços regulados |
8 bolinhas
vermelhas |
Disponibilização de dados sobre mercado, em formato aberto,
de duas agências reguladoras. |
Levantamento
de dados de cada segmento e agência. |
||||||
|
ii. Informações
sobre setores regulados |
Criação de
Plano de Abertura dos Dados. |
Selecionar
agências reguladoras prioritárias para abertura dos
dados entre ANVISA, ANTT, ANATEL e ANAC. |
||||||||
|
iii. Dados das agências
reguladoras |
Verificar
histórico de abertura dos dados, formato de organização
dos dados e relevância e acesso à tecnologia. |
Elaborar
plano de abertura com cronograma, desenvolvimento do
aplicativo, capacitação da equipe técnica e a busca por
conexões (linkagem) com dados de outros órgãos. |
||||||||
|
|
Tema |
Ofertas / demandas sugeridas |
Número de indicações como prioridade
na plenária |
|
||||||
|
|
NÍVEL DE PRIORIDADE 2 |
|
||||||||
|
|
Convênios |
i. Convênios MP |
4 bolinhas vermelhas |
|
||||||
|
|
ii. Dados SICONV da SLTI |
|
||||||||
|
|
Despesas do Legislativo |
i. Despesas por Parlamentar |
4 bolinhas vermelhas |
|
||||||
|
|
Concessão de Rádio e TV |
ii. Processos de Concessão de
Rádio e TV |
4 bolinhas vermelhas |
|
||||||
|
|
|
|||||||||
|
|
Grandes eventos |
iii. Despesas com grandes
eventos |
4 bolinhas vermelhas |
|
||||||
|
|
|
|||||||||
|
|
Compras Governamentais |
i. Licitações e Contratos
Federais |
4 bolinhas vermelhas |
|
||||||
|
|
ii. Cadastro de Fornecedores
Federal |
|
||||||||
|
|
iii. Compras governamentais e
os Preços de referência |
|
||||||||
|
|
iv. Compras governamentais empresas estatais,
municípios, estados e Gov Fed. Diferenciação entre
Importado e Nacional |
|
||||||||
|
|
||||||||||
[1] Tabela de Antigas prioridades nos anexos.
[2] A lista de participantes da 4ª Reunião do GT Dados Abertos está disponível no tópico 8 deste relatório.
[4] Tabela de preenchimento nos anexos.
[5] Disponível em: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/.