Segue o resumo da reunião realizada na manhã de 15 de Agosto de 2013. Peço que eventuais correções ou adendos sejam feitos na própria lista. O resumo foi feito pelo Edwin Cordeiro, do NIC.br, e revisado por mim. Enviarei os documentos relevantes (textos dos acordos, proposta de alteração do Sinditelebrasil) em breve. Atenciosamente, -- Antonio M. Moreiras Gerente de Projetos Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br moreiras@nic.br (11) 5509-3553 - (11) 99154-8838 22548*amm (inoc-dba) http://nic.br - http://ceptro.br -------- Às dez horas do dia 15 de agosto de 2013 teve início a reunião para discussão sobre o acordo de auto-regulamentação dos fabricantes de CPE e suporte IPv6 e sobre o log de porta de origem necessário quando do uso de IPv4 compartilhado na Internet Brasileira. Estavam presente na reunião representantes das seguintes empresas e entidades: A10, ALOG, ANATEL, Banco do Brasil, Claro, CPqD, Embratel/Net, Ericsson, Inmetro, Itaú, Juniper, LocaWeb, Motorola, MPF, Nextel, NIC.br, Oi, Opentech, Polícia Federal, Promon, SERPRO, Sinditelebrasil, Telefonica/VIVO, Tim, UNIMEP e UOL. O senhor Antonio Moreiras, do NIC.br, fez as considerações iniciais, relembrando tópicos já discutidos nas reuniões anteriores para que as discussões fossem abertas. O primeiro tópico a ser discutido foi o termo de compromisso a respeito do compartilhamento de endereços IPv4. O senhor Charles Costa, do Sinditelebrasil, apresentou várias alterações ao documento e sugeriu compartilhar na reunião pois não conseguiram enviar previamente. Também comentou que não existe consenso no sindicato sobre o cronograma. O senhor Antonio Moreiras fez a leitura das modificações do Sinditelebrasil e pontuou as dúvidas e pontos a serem discutidos, em especial nos itens 3.2a e 3.3. Segundo o senhor João Vianei, da Polícia Federal, as alterações do item 3.2-c anulou o item. Quanto a modificação no item 3.3 a mudança faz sentido para auxiliar na identificação do usuário. O senhor Eduardo Parajo, da Abranet e CGI.br, pediu para receber o texto com modificações do Sinditelebrasil. Também se mostrou preocupado com o compromisso de guarda de log por parte do provedor de conteúdo. Pediu foco na implantação do IPv6 e não na viabilização do CGN. O senhor Antonio Moreiras declarou que não é viável fazer a transição para o IPv6 sem algum tipo de compartilhamento de IPv4. O senhor Roney Medeiros, da NET, disse que deixar o provedor de acesso sem log de porta de destino deixa uma brecha no documento e que o Marco Civil está contaminando a discussão. O senhor Fabio Nori, da Nextel, comentou que a remoção da definição de fim de IPv4 por parte do NIC.br anula o termo. Endossou o comentário do Roney da NET. O senhor Eduardo Parajo, rebateu que a discussão do log de porta de origem no provedor já foi feita e não deveria ser retomada. Reforçou que nem todos provedores de conteúdo precisam do log da porta de origem. Reforçou a necessidade da implantação do IPv6 e pediu que as operadoras acelerem a disponibilização do IPv6. O senhor Antonio Moreiras lembrou que o tema do log da porta de destino pelo provedor de acesso foi discutido em detalhes e concluiu-se que este não era o caminho técnico a ser seguido. Pontuou que o documento apenas reflete essa discussão, e que não se trata de uma contaminação pelo Marco Civil mas, ao contrário, trata-se de deixar claro o escopo do documento, para que não seja usado indevidamente em outras discussões. Mostrou a quantidade de clientes conectados em IPv6 em cada um dos ASs brasileiros. O senhor Edwin Cordeiro, do NIC.br, observou que os 289 dias para o esgotamento, conforme estatísticas do LACNIC, significa que o esgotamento ocorrerá em 31/05/2014. Isto também implica que o IPv6 só seria entregue aos usuários após o esgotamento do IPv4 conforme o último cronograma sugerido pelo Sinditelebrasil. O senhor Charles Costa explicou que o cronograma não é definitivo e o esgotamento em 31/05/2014 leva a nova discussão do cronograma no Sinditelebrasil. O senhor Magno da Silva, da TIM, questionou se as datas do cronograma são para um fornecimento compulsório de IPv6 ou disponibilização via pedido. O senhor Antonio Moreiras explicou que as datas são para o produto estar com IPv6 "na prateleira" e não para fornecimento compulsório. O senhor Eduardo Parajo questionou se existe previsão para definição das datas por parte do Sinditelebrasil. O senhor Charles Costa declarou que a partir de setembro/2013 haverá definição das datas por parte dos diretores das empresas do Sinditelebrasil. O senhor Samuel Henrique Brito, da UNIMEP, declarou que a ANATEL possui algumas preocupações com a redação. Existem ISPs entregando IPv4 da RFC1918 e a redação do 3.2-b não especifica o percentual limite de clientes para o caso de teste. O senhor Antonio Moreiras falou que operadoras pequenas, que ainda não são sistemas autônomos, fornecem IPv4 da RFC1918, mas as grandes operadoras possuem IPv4 suficientes. O senhor Régison Martins, do SERPRO, declarou que o SERPRO não tem condições de cumprir o prazo de julho de 2014 como provedor de conteúdo. O senhor Antonio Moreiras explicou que o SERPRO está assumindo o risco de ficar inacessível se não implantar IPv6. Ele encerrou a discussão do primeiro termo e iniciou a discussão do documento para suporte IPv6 nos equipamentos CPE no mercado de varejo. Começou a discussão pontuando que as operadoras não estão usando como poderiam o seu poder de compra para que os CPEs suportem IPv6. O senhor Roney Medeiros declarou que em seu entendimento o documento trata somente dos equipamentos para varejo e não engloba equipamentos vendidos para as operadoras. O senhor Antonio Moreiras, confirmou o entendimento do senhor Roney, mas explicou que há equipamentos de varejo comprados pelas operadoras, e que alguns fabricantes temem comprometer-se em colocar apenas equipamentos com IPv6 no mercado e depois perder vendas para operadoras. Aproveitou para perguntar se as operadoras estão dispostas a assinar o termo como anuente e se estão dispostas a se comprometer em comprar somente equipamentos com suporte IPv6. O senhor Almir Gedam, da Telefonica, declarou que os requisitos de compra da Telefonica já incluem IPv6. O senhor Magno da Silva, declarou que os requisitos de compra da TIM também incluem IPv6. O senhor Marcelo Blanes, da Oi, disse que a Oi também está pedindo equipamentos com IPv4 em suas compras. Ele também acredita que assinando o termo de compromisso do IPv4 compartilhado as operadoras assumem a responsabilidade de compra de equipamentos com suporte IPv6. O senhor Charles Costa disse que a Anatel está trabalhando na homologação compulsória de IPv6 para CPEs. O senhor Antonio Moreiras questionou se existe alguma oposição para as operadoras assinarem o termo como anuentes. O senhor Charles Costa declarou que não existe um consenso quanto a assinatura como Sinditelebrasil, mas as assinaturas podem ser feitas individualmente por parte das operadoras. O senhor Ewerton Madruga, do INMETRO, acredita que o INMETRO pode ser anuente, mas precisa confirmar internamente. O senhor Fabio Santos, da Ericsson, sugeriu diminuir os requisitos técnicos opcionais. O senhor Antonio Moreiras disse que se são requisitos opcionais, não faz sentido remover estes itens. A senhora Elen Lizas, da Telefonica, perguntou se existe a possibilidade de remoção do texto "Os anuentes comprometem-se … equipamentos aderentes ao presente Termo" no item 8.1. O senhor Magno da Silva fez a seguinte declaração: "Na reunião ocorrida em 21/02/2013, em resposta ao questionamento da Polícia Federal, eu afirmei que a implantação de CGNAT na TIM ocorria devido a escassez de endereçamento IP e devido a não conseguir atender as obrigações de qualidade nos acessos dos clientes, isto é um fato. Porém eu cometi um erro aqui ao afirmar que a solicitação de alocação de range IP levavam mais de dois meses para serem atendidas junto ao Registro.br e conforme dados apontados por Ricardo Patara do Resgistro.br as solicitações de 2012 foram atendidas conforme o levantamento a seguir: 1a. solicitação - 32 dias úteis, 2a. solicitação - 21 dias úteis, 3a. solicitação - 19 dias úteis, 4a. solicitação - 13 dias úteis, 5a. solicitação - 18 dias úteis. Então desta forma eu estou me retratando aqui pelo erro cometido em relação ao tempo levado para atendimento das solicitações e peço desculpas ao Registro.br pelos problemas. Reitero no entanto que a utilização de endereços na rede da TIM está acima da margem de segurança de operação de rede e desta forma reforçamos a necessidade de alocação de ranges de endereçamento IP para atender a crescente demanda de acesso dos nossos assinantes. O senhor Roney Medeiros declarou que a NET teve um esgotamento de IPv4 e precisou de uma solicitação de emergência, estão trabalhando em um NDA para poder facilitar a troca de informações e a alocação de endereços. O senhor Antonio Moreiras encerrou a reunião agradecendo a presença de todos.